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segunda-feira, outubro 30, 2006

[espacosaude-ma] En: [CMI (((i))) São Luís]Desenvolvidos gastam demais com saúde

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a folha não é ligada a nenhum partido.

José Menezes <menezesgomes@uol.com.br> escreveu:
De: José Menezes <menezesgomes@uol.com.br>
Para: <"Undisclosed-Recipient:;"@smtp.uol.com.br>
Data: Sat, 8 Jul 2006 12:03:25 -0300
Assunto: [CMI (((i))) São Luís]Desen
volvidos gastam demais com saúde

Folha de São Paulo, sábado, 08 de julho de 2006

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artigo

Desenvolvidos gastam demais com saúde
GILSON SCHWARTZ
ESPECIAL PARA A FOLHA

As economias desenvolvidas têm aumentado seus gastos sociais, como os com saúde, numa velocidade incompatível com seus crescimentos econômicos. Esse déficit social cria novas incertezas numa economia global premida pelos desafios da eficiência e da governança. Se a condição para ser competitivo é dar sustentabilidade ao gasto social, o capitalismo precisa de reformas urgentes.
O alerta resulta de um estudo publicado pelo "National Bureau of Economic Research", nos Estados Unidos. Para os autores da pesquisa, entre 1970 e 2002 os gastos públicos com saúde cresceram 2,3 vezes mais do que o PIB nos Estados Unidos, 2,0 vezes mais na Alemanha e 1,4 vez mais no Japão.
O agravamento do desequilíbrio decorre menos do envelhecimento da população, como geralmente se faz crer (especialmente no Japão), e mais do aumento nos níveis de benefícios oferecidos. Os felizes países em que se coletaram esses dados são Austrália, Áustria, Canadá, Alemanha, Japão, Noruega, Espanha, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.
A "parte do leão", segundo o relatório, é o crescimento de 89% nos níveis reais de benefícios oferecidos à sociedade. A preocupação com o desequilíbrio do sistema, caso as taxas históricas sejam mantidas, aumenta na medida em que a geração conhecida como a do "baby boom" está agora entrando em períodos de aposentadoria.
A projeção das taxas atuais no Japão levaria o governo a ter que praticamente dobrar os gastos como proporção do PIB, chegando a 12% do PIB (atualmente está abaixo de 7%). Nos Estados Unidos, os gastos com saúde podem chegar a 18% do PIB nas próximas quatro décadas (hoje, estão em nível próximo ao do Japão). Ou seja, mesmo tendo uma população bem mais velha, na média, do que a norte-americana, o desequilíbrio seria maior nos Estados Unidos.
O modelo de negócios dos serviços de saúde nos Estados Unidos também contribui para o agravamento mais intenso dos desequilíbrios entre aumento nos benefícios e crescimento econômico.

Brasil
No Brasil, a preocupação com a racionalidade dos gastos sociais é uma questão central desde o final do governo FHC. O estudo sobre os países da OCDE confirma que os países mais ricos têm melhores indicadores sociais não necessariamente devido às suas despesas públicas serem mais eficientes ou sustentáveis. Segundo a OCDE, as despesas do governo brasileiro com saúde em 2002 foram de 4,7% do PIB.
Há uma polêmica em torno das medidas, mas neste ano o Brasil ficou 0,3 ponto percentual do PIB acima da média da América Latina, abaixo apenas da Argentina.
Em relação à China, os gastos do governo brasileiro com saúde são quase o dobro. A manutenção de gastos sociais em taxas superiores ao crescimento do PIB é um sinal de alerta para o equilíbrio fiscal dos governos. Significa uma pressão pelo aumento de impostos sobre as novas gerações para financiar os níveis de benefícios alcançados pelos mais velhos. Nos mercados financeiros internacionais, é mais um elemento de incerteza. NA INTERNET - "Who's Going Broke? Comparing Healthcare Costs in Ten OECD Countries", de L.J. Kotlikoff e C. Hagist www.nber.org/papers/w11833

GILSON SCHWARTZ, economista e sociólogo, é professor de economia da informação na ECA-USP.
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[espacosaude-ma] Fwd: Defendamos a Comuna de Oaxaca

--- In biologia@yahoogroups.com, Francisco nery da Silva
<chico_nery@...> wrote:

Defendamos a Comuna de Oaxaca Abaixo a repressão! Fora a PFP e o
Exército!

Nas últimas horas se iniciou o operativo contra a comuna
oaxaqueña, com a ronda de aviões e helicópteros a Oaxaca e centenas
de efetivos da PFP prontos para reprimir, e o governo de Fox lançou
um ultimato à APPO para que desaloje as barricadas. É urgente a
solidariedade efetiva dos sindicatos e organizações políticas,
sociais e populares para frear os ataques e a repressão do governo e
do regime.
Nos últimos cinco meses os trabalhadores e o povo de Oaxaca têm
dado um exemplo de como lutar contra os governos dos capitalistas:
com centenas de barricadas e a greve de professores, e com o
combativo acampamento que mantém do lado de fora do Senado (no DF).
É parte destacada disso a greve de fome que mantém 21 companheiras e
companheiros, demonstrando sua decisão de ir até o final, e com
métodos mais radicais, para impor suas demandas. O governo, o PAN, o
PRI e as instituições buscaram acabar com a heróica Comuna
oaxaquenha opondo-se a que se vá Ulises Ruiz (URO), já que sua
renúncia seria um exemplo a seguir para as massas do México.
Acabar com a luta da APPO e desativar a comuna oaxaquenha não tem
sido uma tarefa fácil para os partidos burgueses. O governo e a
Secretaría de Gobernación (SEGOB) têm buscado quebrar o movimento
mediante a chantagem, provocando a divisão interna entre o
magistério e a APPO, com manobras falaciosas na mesa de "negociação"
que não resolvem as demandas comuns. Contaram a seu favor com a ação
da direção de Rueda Pacheco e setores pactistas e conciliadores da
APPO, que alentaram expectativas no pacto com os senadores e o
governo e que há semanas pressionaram para que a APPO aceitasse as
promessas do governo e retrocedesse em sua luta. Em lugar de
impulsionar uma política para desenvolver, ampliar e aprofundar a
luta de Oaxaca ao conjunto do estado e do país, apostaram todas suas
fichas a que passassem as propostas da SEGOB!
Enquanto isso, URO e seus paramilitares encorajados por esta
política, desferiram ontem uma das piores ofensivas sobre o
movimento, tirando a vida de um jornalista independente, três
companheiros em luta e cinqüenta desaparecidos durante a violenta
jornada. Agora Abascal, legitimando-se nos acordos com a direção do
magistério, tem chamado a todos "os bandos" a respeitar o "Estado de
Direito", enquanto Fox ordenou o envio da PFP ao estado. Em lugar de
declarar que não se deveria regressar às aulas sem a renúncia de
Ulises Ruiz, Rueda Pacheco esteve a favor de uma saída favorável ao
governo, e que renega a demanda central do movimento. Há que dizer
claramente: Rueda Pacheco traiu a luta da APPO e a resistência
heróica daqueles que sustentam as barricadas da comuna de Oaxaca, os
mortos que deram a vida por esta luta, e agora Fox, URO e os grupos
paramilitares se encorajam para atacar e reprimir a comuna de
Oaxaca.
Ao impor-se a entrada da PFP e uma saída "desde cima" ao conflito,
o governo que surja será igualmente repressor, continuidade de URO,
corrupto e administrador dos capitalistas em Oaxaca. O início da
militarização e a política de Abascal apontam para tratar de
desmobilizar o movimento e derrota-lo com uma combinação
de "diálogo" e repressão. Mas o que sustenta a comuna e a APPO não
são os dirigentes conciliadores, senão as bases do magistério, as
mulheres, os trabalhadores, os camponeses e indígenas que dia-a-dia
têm sustentado as barricadas, à paralisação dos professores, e ao
acampamento. Aí radica a força e a potencialidade das massas
oaxaquenhas. Esta força é a que devemos apostar para dar ao
movimento uma política alternativa. Ante a situação atual não se
pode negociar nada enquanto atacam e assassinam os nossos
companheiros e nos põem uma pistola na cabeça: a base da APPO, o
magistério, e as organizações devemos nos manifestar por: Não à
negociação enquanto
continuarem os ataques e as ameaças de repressão! Assim como exigir
a imediata liberdade dos presos políticos, a aparição com vida dos
desaparecidos, e impor o castigo aos responsáveis dos ataques contra
as barricadas.
Enquanto Gobernación sustenta URO, afirma falsa e hipocritamente
que quer o diálogo: Abascal é cúmplice dos ataques, enquanto ordena
o início da repressão por parte da PFP. Há que se mobilizar e lutar
para que as forças repressivas saiam imediatamente do estado! Fora o
exército e a PFP de Oaxaca!
Apesar da enorme disposição das bases do magistério para sustentar
a paralisação, a pressão da direção, e os meses de desgaste têm
feito com que se imponha o suposto regresso às aulas. Mas a
paralisação, como sabem as centenas de professores que os sustentam
e estão em pé de luta, é uma medida de força fundamental e a ponta
de lança para que se vá Ulises Ruiz. Não se pode renunciar a ele,
estamos com as bases quando dizem: Paralisação magisterial até que
caia URO! Ante a iminente repressão que se fecha sobre nossos irmãos
oaxaquenhos se faz fundamental a solidariedade de classe. Não basta
dar declarações. Até agora os sindicatos que se dizem democráticos e
opositores não convocaram a paralisação em solidariedade, nem
nenhuma ação contundente. O que esperam os companheiros da direção
do SME, a UNT e a CNTE para chamar a paralisação já? Que haja mais
irmãos nossos massacrados? Até agora a luta mais importante dos
últimos anos ficou isolada em nível nacional. As declarações
de Marcos, em apoio a Oaxaca são bem recebidas, mas não chamam
a "Otra Campaña" a se mobilizar por Oaxaca. Todas as organizações
devemos chamar a mais ampla mobilização, a tomar as ruas em apoio a
Oaxaca e evitar que a luta seja derrotada.
Como parte disso, é fundamental a solidariedade e o apoio dos
trabalhadores, dos estudantes e dos setores populares em nível
internacional. As organizações que a nível internacional nos
reclamamos socialistas e revolucionárias, como o PSTU no Brasil, o
PO, o MAS e os MST's na Argentina, o POR e o MST na Bolívia, El
Militante e o PRT no Estado Espanhol, a LCR, LO e FLO na França, o
SWP na Inglaterra, o PCROL na Itália, entre outros grupos e suas
respectivas tendências internacionais, devemos lançar de forma
urgente e imediata uma grande campanha contra a política repressiva
do governo e em defesa da comuna oaxaquenha, chamando os
trabalhadores e os jovens dos distintos países a tomar em suas mãos
esta prática internacionalista.

Por um governo da APPO e das organizações em luta
Para retomar o caminho marcado nestes cinco meses, há que lutar
por uma política distinta a de Rueda Pacheco e dos setores
conciliadores e reformistas, apontando a que a APPO e as bases
magisteriais votem democraticamente um programa para levar ao
triunfo suas reivindicações e interesses, e uma nova direção à
altura da luta colocada.
É sob esta perspectiva que a partir da LTS-CC e da FT-QI
defendemos um programa que passava em primeiro lugar para que se vá
URO, e que os trabalhadores e o povo imponham um Governo Provisório
da APPO e das demais organizações operárias, camponeses e populares
em luta. Para isso, a APPO deveria se converter em um organismo
baseado em delegados eleitos nas comunidades, bairros e centros de
trabalho de todo o estado, com mandato de base e revogáveis, onde se
informe e se decida de forma democrática todos os passos a seguir. E
que expresse mediante a voz e o voto aqueles que são "a primeira
linha" que evitou a reocupação policíaco-militar: as barricadas e os
corpos de autodefesa. Esta era a melhor forma, por outro lado, de
evitar a ação dos setores mais pactistas e conciliadores, submetendo
todas as decisões ao controle e a discussão democrática da classe
operária e dos setores em luta.
A luta de Oaxaca é parte de uma luta nacional contra o governo e
as instituições dos capitalistas, até realizar uma greve geral
política que dê um golpe decisivo ao atual regime e abra caminho
para impor um governo dos trabalhadores, camponeses e indígenas
pobres, baseado em seus organismos de democracia direta e na
expropriação dos expropriadores, e que inicie a transformação
radical e socialista da sociedade. Esta é a primeira batalha e uma
das lições a vanguarda operária e popular deve extrair, de que não
devemos deixar que a energia das massas seja dilapidada por direções
que a levam atrás de uma estratégia reformista e conciliadora, de
confiança das instituições do estado burguês. Por isso, a partir da
LTS-CC e da FT-QI cremos que há que construir um partido
revolucionário dos trabalhadores, baseado nos setores mais
conscientes e avançados da classe trabalhadora e da juventude
combativa, com uma política e uma estratégia que se prepare para ser
uma alternativa de
direção nas novas batalhas que se anunciam.
VIVA A COMUNA DE OAXACA!
TODA A SOLIDARIDADE E APOIO INTERNACIONAL
NÃO À ENTREGA DA LUTA DA APPO
NENHUMA NEGOCIAÇÃO ENQUANTO CONTINUAREM OS ATAQUES PARAMILITARES E
A REPRESSÃO
PARALISAÇÃO MAGISTERIAL ATÉ QUE CAIA URO
PARALISAÇÃO NACIONAL E MOBILIZAÇÃO EM APOIO À APPO E CONTRA A
AMEAÇA DE REPRESSÃO

Fração Trotskista – Quarta Internacional
28/10/06


www.ler-qi.org


Outros Grupos da FT-QI


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FT Europa
Argentina
Partido de Trabajadores por el Socialismo, PTS
Bolívia
Liga Obrera Revolucionaria por la Cuarta Internacional, LOR-CI
Chile
Clase contra Clase
México
Liga de Trabajadores por el Socialismo - ContraCorriente, LTS-CC
Venezuela
Juventude de Esquerda Revolucionária - JIR
Estado Espanhol
Clase contra Clase

&#1071;aphael K. Mouro
"Tomar o céu por assalto, com as massas e a fé na razão! Deixemos
de ser a carne; sejamos a própria navalha; e realistas: exijamos
o "impossível"!!!
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domingo, outubro 29, 2006

[espacosaude-ma] cotas no vestibular da UFMA

Oi sou Nádia integrante do NEZB, a reuniao foi adiada para terça às 8:30.
 
É muito importante a participação dos estudantes. Vamo lá?
 
Obrigada.
 
Nádia Guterres



1.

Mensagem: 1
Data: Sex, 27 de Out de 2006 9:29 am
De: "Denes Wenen" dwenen21@yahoo.com.br
Assunto: cotas no vestibular da UFMA Palácio Cristo Rei 2ªf 9h


Oi,
Na segunda vai ter uma reunião com o COPEVE sobre a aplicação do programa de cotas no vestibular da UFMA.

Local: Palácio Cristo Rei, praça Gonçalves Dias.
Hora: as 9:00, se eu não me engano...

Ainda falta confirmar alguns dados mas espalha p/ a galera. Qualquer coisa entra em contato com o pessoal do NEAB que eles podem informar melhor. É muito importante a participação de tod@s! Aparece!



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sábado, outubro 28, 2006

[espacosaude-ma] Ajuda financeira para boicotar o ENADE

- ei gente do D.A.,
- e Gildevan, secretário de finanças
- e gente do CABio da UEMA, Naine e CIA
- e gente do espaçosaúde
- e gente do CAECIP
 
Yuri, estudante de biologia e direito da ufma tá pedindo ajuda financeira para o boicote ao ENADE.
 
 
Ei denes vai ter um boicote ao enade e precisamos de doações p fazermos cartazes adesivos e coisa e tal, to pedindo p D.A de biologia se ele pode ajudar, entra em contato.
um abraço

 
E aí?
vai?
 
diga que sim!
diga que sim!
diga que sim!
siiiiiiiiiiiiimmm?


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sexta-feira, outubro 27, 2006

[espacosaude-ma] cotas no vestibular da UFMA Palácio Cristo Rei 2ªf 9h

Oi,
Na segunda vai ter uma reunião com o COPEVE sobre a aplicação do programa de cotas no vestibular da UFMA.
Local: Palácio Cristo Rei, praça Gonçalves Dias.
Hora: as 9:00, se eu não me engano...
Ainda falta confirmar alguns dados mas espalha p/ a galera. Qualquer coisa entra em contato com o pessoal do NEAB que eles podem informar melhor. É muito importante a participação de tod@s! Aparece!


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quinta-feira, outubro 26, 2006

Re: [espacosaude-ma] En: [estudos_iskra] En: [conlute] ESPAÇO SOCIALISTA DEFENDE VOTO NULO

eta mais um socialista utopico demagogico e piegas que pensa que vai mudar o mundo comm suas ideias marxistas stalinistas, Vou tentar resumir: o socialismo é o contrário de tudo em que eu acredito, é uma antítese do que eu penso. A "utopia" comunista, em pleno funcionamento, seria algo infernal, como foram as experiências socialistas. O socialismo não chega a ser nem um sonho bonitinho, é uma ideologia demoníaca, desumana, criminosa, que nos iguala a ratos de laboratório. É a ideologia da servidão e da esterilidade intelectual humana.
e o voto nulo só favorecerar o lula

Como diria Alborghetti: "Eu dou valor mais à merda do que ao socialismo, eu dou dou mais valor ao CHEIRO DA MERDA do que ao socialismo"

Hugo Rodrigues <hugoocirederf84@yahoo.com.br> escreveu:


Observação: mensagem anexa encaminhada.

Para: siderurgianaamazonia@grupos.com.br, caecip@yahoo.com.br,
estudos_iskra@yahoogrupos.com.br
De: Saulo Pinto Silva <saupinto@yahoo.com.br>
Data: Tue, 24 Oct 2006 17:26:52 -0300 (ART)
Assunto: [estudos_iskra] En: [conlute] ESPAÇO SOCIALISTA DEFENDE VOTO
NULO



Observação: mensagem anexa encaminhada.

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Música para ver e ouvir: You're Beautiful, do James Blunt Para: Espaço Socialista <espacosocialista@hotmail.com>
De: José Vieira <dalduarte@yahoo.com.br>
Data: Sat, 21 Oct 2006 02:20:32 +0000 (GMT)
Assunto: [conlute] ESPAÇO SOCIALISTA DEFENDE VOTO NULO

           
BOLETIM Nº  12
ESPAÇO SOCIALISTA
 

NEM LULA NEM ALCKMIN: VOTE NULO NO 2º. TURNO

 


DOIS CANDIDATOS E UM SÓ PROGRAMA

A classe dominante vencerá as eleições de 2006. Duas alas do partido único da burguesia estão no segundo turno. Essas duas alas, PT e PSDB, travam uma luta mortal para decidir quem vai seguir administrando os interesses do capital, contra os trabalhadores e oprimidos. Num país capitalista periférico como o Brasil, a função do Estado é massacrar a população e garantir a remessa de lucros ao exterior; e em troca de seus bons serviços prestados, os partidos governantes ficam com as malas pretas da corrupção. É essa recompensa que PT e PSDB disputam.
Os interesses são os mesmos, mas essas duas alas utilizam instrumentos diferentes para conseguir seus objetivos.
O PSDB de Alckmin é o partido da elite da Avenida Paulista, dos contrabandistas e sonegadores da loja Daslu, da arqui-reacionária seita Opus Dei, da polícia militar fascista, dos cortes de gastos em saúde e educação, do sucateamento dos serviços públicos, do arrocho e perseguição aos servidores; é também o partido da imprensa neoliberal panfletária e golpista da Veja, da Folha, da Globo, etc.; e é o herdeiro direto das privatizações e da corrupção generalizada da era FHC, da multiplicação explosiva da dívida pública e da sangria das riquezas do país para o grande capital global.
O PT e o governo Lula, na verdade foi de continuidade do governo FHC: inúmeros casos de corrupção, reforma da previdência, aumentou o superávit primário (à custa de cortes sociais como saúde e educação), lei das falências (priorizando o pagamento aos bancos em detrimento dos direitos trabalhistas), manteve o programa de privatizações de fhc e dos tucanos, repasse de verbas para as escolas/faculdades particulares (retirando das públicas), liberou o plantio dos transgênicos (obedecendo as ordens da (Monsanto), ou seja, apresentou-se como agente direto  do capitalismo e da burguesia no interior do movimento de massas, impedindo a eclosão de greves, ocupações, manifestações, aparelhando os sindicatos e organizações estudantis e populares, destruindo as tradições da democracia operária nesses organismos, controlando de modo stalinista os aparatos organizativos, bloqueando qualquer possibilidade de articulação espontânea dos trabalhadores e oprimidos, alienando e deseducando politicamente os trabalhadores, pregando o conformismo, a passividade e a colaboração de classes.
Mas não é só o passado que condena o PT e lula, pois não escondem de ninguém que vão continuar pagando as dívidas externa e interna (e continuar a engordar os banqueiros), que vai encaminhar ao congresso as reformas trabalhista, sindical e universitária com cortes de direitos trabalhistas (fim do 13º, 30 dias de férias e outros); o próprio coordenador de campanha de lula já anunciou que os servidores ficarão sem reajuste no próximo governo.
 

O ENTERRO DO PT PARA AS LUTAS DOS TRABALHADORES

Essas duas alas do partido da burguesia exibem diferenças na aparência, mas seu conteúdo é o mesmo. A democracia burguesa dispõe dessa flexibilidade para administrar a exploração capitalista com os instrumentos adequados a cada conjuntura. Dada a rejeição popular maciça a FHC e o desejo generalizado de mudança, o PT era o portador mais apropriado dos interesses da burguesia nas eleições de 2002, pois sua ascensão iria desmobilizar as massas, como de fato desmobilizou, e por isso lhe foi permitido vencer. a chegada do pt/lula ao palácio do planalto enterraram aquilo que já estava morto há muito tempo: o pt como instrumento de luta dos trabalhadores. a ação e o papel que este partido cumpre só tem favorecido os capitalistas.
Em 2006 o cenário é muito diferente. As lutas que ocorreram foram não só contra o governo e os patrões, mas também contra os dirigentes sindicais ligados ao PT e a CUT. A greve bancária desse ano é um bom exemplo, pois os trabalhadores tiveram que passar por cima das direções sindicais cutistas para irem à greve.
O papel de contenção e asfixia do movimento de massas desempenhado pelo PT a serviço da burguesia ganha outros contornos porque agora é feito a partir das salas dos ministérios com repasses milionários para “programas de qualificação”, etc”, ou seja, com  financiamento público. A própria burguesia tem alardeado que só Lula e o PT têm condições de impor as reformas sindical, trabalhista e previdenciária.  Tendo o partido passado servilmente para a trincheira da burguesia, deixado de organizar as lutas populares há mais de uma década, desfeito sua ligação com a base social proletária, se tornado um aparato eleitoral; as raízes históricas da árvore partidária foram cortadas e os galhos despencam com facilidade. Daí o fato de que os gângsteres e “aloprados” da direção do partido, como Dirceu, Genoíno, Delúbio, Silvinho, Palocci, Gushiken e agora Berzoini tenham sido defenestrados na esteira das sucessivas crises políticas.
O fato de que alguns setores da classe dominante tenham se colocado eleitoralmente contra Lula, e de que a mídia assalariada pela burguesia tenha exposto o “dossiê tabajara” não significa que consideram Lula seu inimigo. Significa apenas que querem negociar mais concessões de Lula, mais rendição aos seus interesses. Querem um instrumento mais dócil, mais submisso e politicamente mais débil, para seguir massacrando o povo. Se nesse processo conseguirem a vitória de Alckmin, tanto faz.
A burguesia nada de braçada nas eleições. Aos trabalhadores cabe se reorganizar para a luta, e isso não será feito pelo PT.
Para se manter no poder, Lula pragmaticamente descartou a mediação do partido que lhe deu projeção, descolou sua figura pessoal da imagem queimada do PT e passou a relacionar-se diretamente com os setores mais pauperizados das massas por meio dos programas assistencialistas de bolsa-esmola. A cada crise, desde o mensalão ao dossiê, Lula decapitava seu próprio partido, abrindo caminho para as alianças oligárquicas e para o exercício de um tipo de liderança baseado puramente no carisma pessoal do “pai dos pobres”. Nem os antigos cardeais do PT terão qualquer papel importante num eventual segundo mandato de Lula, nem muito menos os setores da esquerda do partido.
 

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM

Não obstante, existe um persistente discurso que tenta identificar Lula com a esquerda, e em nome dessa identificação, luta para fazer a população rejeitar Alckmin e “a volta da direita”. O fato de que Alckmin seja a encarnação transparente da direita não significa que automaticamente por exclusão Lula seja a esquerda. Essa lógica de uma perna só praticada pela esquerda petista desconhece os ensinamentos históricos da luta de classes em nome do apego religioso fanático, dogmático e histérico à figura de um candidato “salvador da pátria”. O caráter de classe de um partido não está na sua oposição nominal a uma outra sigla, mas no tipo de política que esse partido efetivamente coloca em prática.
A assim chamada “volta da direita” é a volta dos que não foram. A direita seguiu mandando no país durante o governo do PT. Lula é a direita. Lula e o PT deram as costas aos trabalhadores durante quatro anos. Governaram para a elite, para os bancos, para o capital financeiro internacional, para as transnacionais, para os latifundiários, para a incompetente burguesia brasileira. O próprio Bush, inimigo nº.1 da humanidade, antes de ir invadir o Iraque, terceirizou nas mãos de Lula a tarefa de reprimir a população miserável do Haiti. Em nome do interesse dos acionistas estrangeiros da Petrobrás, Lula endureceu a negociação contra a decisão soberana do povo boliviano de nacionalizar suas riquezas minerais.
A despeito de todas essas façanhas, a esquerda petista, a mesma que dizia que os rumos do governo estavam “em disputa”, e que não conseguiu mover este governo um milímetro sequer em direção à esquerda; agora abre mão de qualquer disputa e questionamento e se torna defensora cega e feroz de Lula. Se não há como dizer que foi um governo de esquerda, parte-se para a patética tentativa de comparar a gestão de Lula com as anteriores de FHC, como se isso fosse critério para pedir o voto dos trabalhadores no candidato do PT. Insistir na lógica do “voto útil” no “menos pior” dos candidatos constitui um recurso politicamente ainda mais indigente. Não seria de se surpreender se sacassem o peculiar argumento de que o governo Lula também “rouba mas faz”, bordão de Maluf,  da putrefação política.
As “realizações” do governo Lula que se apresentam como justificativa para defendê-lo estão no mesmo patamar das melhorias que qualquer governo burguês apresenta a cada embate eleitoral: “estabilidade”, combate à inflação, controle de gastos, aumento insignificante do salário mínimo, índices macroeconômicos (que não se refletem na mesa do trabalhador), etc. Os números são a expressão de diferenças quantitativas, diferenças de grau, não de natureza. Para que a quantidade se transforme em qualidade, é preciso um salto dialético. As realizações quantitativas de Lula não expressam nenhum salto de qualidade, nenhuma ruptura, nada além de remendos cosméticos numa realidade de calamidade social perpétua.
Nenhuma dessas melhorias compensa os ataques que os trabalhadores sofreram ao longo do governo Lula: demissões, arrocho salarial, reforma da previdência, repressão aos movimentos sociais, morte de ativistas no campo, permissão para os criminosos plantios transgênicos, abertura das reservas de petróleo ao capital estrangeiro, privatização da Amazônia, etc.
 

SOMENTE A LUTA PODE VENCER O CAPITALISMO

O PT não é instrumento para derrotar Alckmin e a volta da direita, já que aplica o mesmo programa. Num eventual governo Alckmin, que moral teriam Lula e o PT para assumirem a postura de oposição? Como poderiam ser contra aquilo que praticaram quando estão no governo? É evidente que o PT na oposição pode até eventualmente votar contra o PSDB, de maneira oportunista e desavergonhada, dada sua decomposição moral e seu caráter venal sobejamente demonstrado nos últimos quatro anos. Mas o fato decisivo é que o PT não tem mais inserção e liderança dentre os trabalhadores para desencadear as lutas necessárias contra os ataques que o capitalismo colocará em prática.
Os setores de esquerda que defendem Lula e o PT praticam estelionato ideológico. A única arma para derrotar o capitalismo que grassa no país é a organização e a luta. É preciso organizar a classe trabalhadora e os oprimidos em torno de seus interesses imediatos e históricos: não pagamento das dívidas, reforma agrária, reversão das privatizações, garantia dos direitos sociais, melhoria dos serviços públicos, etc. Indo mais longe, apenas com a ruptura do capitalismo e a construção de um poder socialista dos trabalhadores se pode remediar a catástrofe social que o imperialismo impõe ao país. Apenas numa ordem socialista a riqueza pode ser administrada de maneira racional e democrática por aqueles que a produzem.
Essa tarefa não será assumida por Lula, pelo PT e pela CUT, nem nos seus aspectos mais imediatos, e muito menos no que diz respeito à transição ao socialismo.
Desse modo, a única opção no 2º. turno é o voto nulo, atestado de óbito da atual forma de política e chamado às armas para uma forma superior de luta: a ação direta das massas organizadas.
 

VOTAR NULO PARA ENFRAQUECER O INIMIGO

O voto nulo não vai ganhar as eleições. O repúdio eleitoral aos candidatos da burguesia não vai varrer ambos do cenário político. Pode enfraquecê-los no início do próximo mandato, mas o que importa realmente é fazer com que o movimento de massas se coloque em cena com seus próprios métodos de luta. Essa tarefa cabe às organizações de esquerda. Dissemos que a classe dominante venceu as eleições. Mas a derrota dos trabalhadores no terreno eleitoral não significa que a guerra está perdida. Há outras batalhas a serem travadas.
O balanço da participação da esquerda nestas eleições ainda está em aberto, mas alguns elementos devem ser adiantados com relação à postura a ser tomada para o próximo período. Dissemos que o voto nulo não vai ganhar as eleições, pois se trata de uma simples expressão negativa da ausência de alternativas que contemplem os trabalhadores. Se as eleições não trazem essa alternativa, é preciso reorganizar a esquerda e colocar em movimento o único instrumento capaz de mudar a realidade: a ação direta dos trabalhadores. Para desencadear esse movimento, é preciso construir a unidade de todos os setores. Tanto aqueles que se organizaram na frente PSOL/PSTU/PCB no 1º. turno quanto os setores que fizeram a campanha pelo voto nulo devem se postar imediatamente pelo voto nulo no 2º. turno.
Qualquer que seja o governo parido pelas eleições deve ser encarado como inimigo dos trabalhadores e a esquerda deve se colocar, desde já, como a oposição. É preciso construir essa oposição imediatamente e iniciar a luta o quanto antes.
É lamentável que setores do PSOL, abrindo mão da independência de classe, estejam defendendo o voto em lula com o argumento de que ele é ”menos pior”. Também não é menos lamentável  a posição da direção do PSOL que jogou ao mar uma posição classista e principista de fazer um chamado aos trabalhadores para não votar em burguês praticamente liberando o voto tanto em Alckmin como em Lula. É preciso que todas as organizações de esquerda tenham uma posição clara e definida contra as duas candidaturas e que nesse momento se expressa em uma campanha pelo VOTO NULO.
 

CONSTRUIR A UNIDADE NAS LUTAS

O imperialismo exige a continuidade das reformas neoliberais, e os novos ataques aos trabalhadores devem vir logo adiante, qualquer que seja a ala do partido único da burguesia a ocupar o poder. Anuncia-se a próxima fase da reforma da previdência, a reforma sindical e trabalhista, o super-simples, a reforma universitária, o déficit nominal zero, o aumento da desvinculação de receitas, a transformação da CPMF em permanente, etc. A burguesia está vindo com artilharia pesada para destruir os direitos dos trabalhadores: direito de greve, férias, 13º., licença-maternidade, FGTS, aposentadoria, ensino público; tudo isso está sob ameaça iminente, na alça de mira do próximo governante, seja ele do PT ou do PSDB.
Não se pode ter a menor confiança de que a nova safra de mensaleiros e sanguessugas no Congresso vá se colocar contra essas reformas. São Paulo mandou para a Câmara o PCC inteiro: Maluf, Russomano, Genoíno, Palocci, Berzoini (só ficou Marcola, pois alguém teria de tomar conta dos presídios), além dos folclóricos Clodovil, Frank Aguiar, Enéas, etc. A via parlamentar está morta para a resistência dos trabalhadores.
A esquerda precisa articular a resistência através de organismos de luta próprios do proletariado. É preciso colocar em ação os sindicatos, grêmios, associações, movimentos de negros, mulheres e juventude. Devemos constituir comitês de luta contra as reformas, organizando trabalhadores, juventude e os oprimidos da população. É preciso organizar, mobilizar, informar.
Entidades como a Conlutas e a Intersindical, assim como os partidos de esquerda, as organizações políticas que se colocam no campo da classe operária, os movimentos reivindicativos dos sem-terra, sem-teto, negros, mulheres, juventude, GLBT, etc., e os ativistas independentes devem construir um grande encontro nacional para preparar a campanha de luta contra as reformas.
A burguesia pode ter vencido a batalha das eleições. Mas as batalhas decisivas estão apenas começando.
Outra questão importante é que a luta contra as reformas deve ser um movimento nacional que envolva a CONLUTAS, INTERSINDICAL, partidos de esquerda, organizações políticas que atuam no campo da classe operária, os movimentos reivindicativos dos sem-terra, sem-teto, negros, mulheres, juventude, glbt, etc., e os ativistas independentes devem construir um grande encontro nacional de trabalhadores para preparar a campanha de luta contra as Reformas.
 
VENHA MILITAR CONOSCO E CONSTRUIR UM NOVO TIPO DE ORGANIZAÇÃO REVOLUCIONÁRIA
Apresentamos abaixo algumas de nossas idéias. Se você quiser conhecer o nosso perfil programático fale com um de nossos militantes ou acesse a nossa página na internet.
O socialismo será mundial ou não será. A mundialização da produção capitalista e  a liberalização dos fluxos de capitais financeiros criou, incontestavelmente, uma única economia-mundo. Por outro lado, também há a constituição de uma frente mundial político/militar dos países imperialistas, que visa intervir em qualquer mobilização ou processo revolucionário. Essa realidade prova que caiu por terra qualquer possibilidade de socialismo num só país. O proletariado deve responder a altura, construindo seu próprio poder em escala mundial. Só uma revolução que se expanda pelo mundo inteiro terá forças para destruir completamente o capitalismo.
 
  Não ao reformismo. Não acreditamos em qualquer possibilidade de transformação radical da relação de exploração capital-trabalho, a não ser por um rompimento brusco com a ordem instaurada. Pelas próprias características da exploração capitalista mundializada, está cada vez mais distante qualquer possibilidade pacífica de se estreitar o abismo entre os países ricos e pobres, acabar com a fome e a miséria ou conseguir melhorias qualitativas do nível de vida dos trabalhadores, com medidas paliativas.
Os reformistas estão representados nas mais distintas organizações, como sindicatos, centrais (CUT, Força Sindical, etc), partidos políticos (PT, PC do B, etc), organizações estudantis (UNE, UMES, etc), ONǴs, e outras entidades do movimento popular e sindical. Têm como política central construir "outro capitalismo, mais humano". O velho reformismo buscava mudar o sistema por dentro e de maneira gradual, através da conquista de postos parlamentares e da atuação sindical; afirmavam que as reformas mudariam gradualmente o caráter do sistema. Já o neo-reformismo não trabalha sequer com a utopia de mudar o sistema como um todo. Afirma que o caminho é obrigar o capitalismo a se tornar mais humano, com se isso fosse possível.
  
A revolução é um processo histórico. O socialismo não acontecerá apenas com a tomada do poder pelos trabalhadores, mas será todo um processo, onde a humanidade experimentará formas e mecanismos de construção da nova sociedade, sem nenhum tipo de privilégio. Não bastará uma mera alteração nas formas de Estado ou de propriedade dos meios de produção (privada para estatal). As relações entre as pessoas terão que se revolucionar permanentemente. Temos que travar  um combate, até a morte, contra toda e qualquer forma de dominação, exploração, opressão e, principalmente, de alienação das decisões mais importantes.
  
Socialização dos meios de produção. Por muito tempo houve a confusão de que estatização e socialização fossem a mesma coisa. Para nós, não é a mesma coisa. A estatização é o controle dos meios de produção pelo Estado (capitalista ou não). Socialização é a apropriação pela coletividade dos produtores e consumidores de todo o planejamento e produção dos bens necessários. A estatização só pode caminhar no sentido da socialização, se estiver sob o controle e gestão da classe trabalhadora e seus organismos. 
 
O Estado de transição dos trabalhadores e o fim do Estado. A existência de qualquer tipo de estado (capitalista ou mesmo "operário”) pressupõe uma opressão na sociedade. Contra a idéia dominante na esquerda tradicional e como marxistas, lutamos pelo fim do estado. No entanto, durante o processo revolucionário, os trabalhadores precisarão de um Estado de Transição para enfrentar a resistência interna e externa da burguesia, incentivar e ajudar os processos revolucionários em outros países, e impulsionar a reorganização da produção e da vida social, em base a relações de produção coletivas e democraticamente decididas.  O Estado de transição deverá ser, ao mesmo tempo expressão e impulsionador das várias formas de ação e organização da classe, travando desde o seu primeiro momento de existência uma batalha no sentido de sua própria dissolução enquanto aparato, para que os trabalhadores tomem em suas mãos todos os aspectos da luta revolucionária e da vida social. Só a  derrota da burguesia em todos os países do mundo, por um lado, e a participação efetiva e cada vez maior dos produtores nos assuntos gerais da sociedade, por outro, pode levar à dissolução final do Estado. 
 
Ênfase na democracia direta. Já dissemos que todo processo revolucionário começa a perder seu fôlego exatamente quando as decisões mais importantes são entregues para "meia dúzia de dirigentes", e os trabalhadores deixam de estar presentes e de transformarem, eles mesmos, a condição a que estão submetidos. Defendemos o incentivo cada vez maior às formas de democracia direta dos trabalhadores. As funções de representação devem se limitar ao mínimo necessário, serem revogáveis, receber o valor do salário de um trabalhador médio e obedecerem ao rodízio. Além disso, devem se subordinar às decisões dos fóruns mais amplos, como assembléias de base ou conselhos. Enfim, trata-se de romper com a lógica alienante entre representantes e representados.
 
Planejamento racional dos recursos humanos e naturais. Com o desenvolvimento científico e tecnológico, livre da lógica do lucro e sob controle social, poderemos dividir o trabalho entre todos,  produzir e ter acesso a tudo que necessitamos para uma vida digna, trabalharmos bem menos, e em uma atividade realizadora e não mortificante. Poderemos dispor de mais tempo e energia para outras atividades como o esporte, as artes, o sexo, o amor, o estudo e o planejamento da sociedade socialista. Enfim, o socialismo será uma democracia humana a serviço do bem-estar coletivo e da construção de um novo ser humano.
  
Combater o Substituísmo. As organizações revolucionárias não podem substituir a classe trabalhadora na realização das tarefas de derrubada do capital, e na condução da futura sociedade socialista. Tampouco nenhuma coordenação ou direção pode substituir o conjunto da militância em suas tarefas de compreensão e avanço da consciência entre os trabalhadores. A atuação dessa organização/partido no movimento, deve respeitar e obedecer às deliberações dos organismos desse movimento.  Isso não quer dizer que não se deva disputar politicamente a consciência de todo e qualquer processo de luta, e defender suas propostas nos fóruns de deliberação do movimento; essa é uma das tarefas das organizações revolucionárias. O que não pode acontecer é que, por ser maioria em uma entidade, o espaço de deliberação passe a ser as sedes e órgãos desse partido ou organização. O partido/organização não pode substituir o movimento em suas tarefas concretas, até porque no movimento há outras  correntes com opiniões diferentes que devem ser respeitadas, tendo espaço garantido para se expressarem.
  
O centralismo democrático como uma relação de confiança e fraternidade entre os revolucionários e como instrumento e condição da unidade da organização. O stalinismo conseguiu impor às organizações dos trabalhadores, uma concepção de organização política que nada tinha a ver com a tradição do proletariado e do movimento revolucionário, contaminando até mesmo setores do marxismo revolucionário que o combateram.
  Precisamos recuperar a tradição do movimento revolucionário (até o início do século XX) de ampla democracia nas organizações, com uma vida interna em que todos colaboravam na elaboração da política e da teoria. A própria história do bolchevismo, até os primeiros anos da Revolução Russa, é de existência de correntes internas de debate público e livre expressão de idéias. Sem negarmos os seus erros, durante muitos anos o bolchevismo foi um partido extremamente democrático, com publicação aberta, sem censura a nenhuma posição política. Era comum a existência de correntes no partido sem a obrigação de se dissolverem, mesmo após o Congresso.
  Defendemos um funcionamento extremamente democrático das organizações dos revolucionários que rompa com os métodos sectários e centralistas-burocráticos - em que as direções impõem aos militantes um regime de limitação do pensamento e das idéias divergentes - que impedem o imprescindível debate e a elaboração coletiva.
  Nos propomos a construir uma organização em que seja perfeitamente possível e louvável conviver com as diferenças dentro de um campo revolucionário comum. Pensamos que uma organização política deve ter plena liberdade de discussão sobre todo e qualquer tema, com debates públicos, e liberdade para qualquer setor, tendência ou agrupamento publicar suas divergências no jornal da organização ou mesmo em seus próprios órgãos de imprensa (salvo em situações que esse debate literalmente impeça a aplicação da política discutida, como o debate público anterior a uma ocupação de fábrica ou à uma insurreição, que abriria para a burguesia e o Estado as intenções da organização).

 

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quarta-feira, outubro 25, 2006

[espacosaude-ma] Resposta espaço saúde (Neto)

Apreender muito ainda! Quem não tem?  Vc ?
Critica é bom d + , olhar os defeitos é ótimo, ir para batalhar vc não q ir, ajudar na construção do espaço nem pensar!
Caro Dennes antes de lasca o pau nos outros vamos olhar para  nossa situação!
O espaço contribui muito para minha formação política e creio q de varias pessoas tmb, sei q o mesmo ainda precisa melhorar muito, então em vez detonar o espaço saúde vamos ajudar-lo a enriquece-lo mais ainda caro Dennes.
Espero sua contribuição com criticas construtivas!

joao alberto camara <j_albertocamara@yahoo.com.br> escreveu:
Melhores faculdades de medicina?
E de que adianta? se um médico em Cuba ganha menos que 50 dollares por mês? enquanto o PULHA tem...... quanto mesmo? 550 milhões de dollares em fortuna pessoal?
Se Cuba fosse um país tão "bonzinho" as jogadoras de volei de Cuba não teriam tanta falta de auto-estima, não seriam tão "encardidas" de se relacionarem, elas "se acham" porque têm INVEJA dos outros países que são LIVRES, países que podem tomar Coca-Cola, e se não tomam é porque não acham saudável, podem ir ao Mc Donald's e se não vão é porque não acham saudável, podem ver filmes feitos pelos EUA, e se não vão é porque não acham interessante, MAS SÃO LIVRES PARA FAZER O QUE BEM ENTENDEM.
discordo  Cuba tem uma das melhores medicinas do mundo, mas ñ a melhor, a medicina europeéa e a norte americana são bem melhores.
o socialismo ñ é ruim, é PÉSSIMO

Denes Wenen <dwenen21@yahoo.com.br> escreveu:
Não bastaria...
 
-construir mais centros de sáude;
-empregar mais gente (portanto, gerar mais empregos);
-mais hospitais;
-mais agentes de sáude;
-mais vagas na universidade para formar mais profissionais em sáude;
-reverter o sistema para saúde preventiva e não curativa (que gasta muito mais);
-e mais um monte de coisa
 
???????????
 
Será que esse negócio de VER-SUS não é outra palha-açada?
 
Já viram como funciona a medicina cubana? É A MELHOR DO MUNDO APESAR DE SER SOCIALISTA (se é que é ruim esse tal de socialismo).
 
O espaçosaúde tem que aprender é com CUBA!


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Re: [espacosaude-ma] En: [Siderurgia Amazonia] Che, a Revolução e o Maranhão

Gostaria que alguém me desse uma única benfeitoria real e duradoura de Che ou do comunismo nesses anos todos.
-lavagem cerebral.
-assassinatos.
-opressão.
-supressão de direitos.
-miséria.
e por ai vai...
 
Falso socialismo!!!!!!!!
Cuba é uma mentira, aliás, Fidel é uma mentira, pena que é uma mentira que dura 47 anos, esse ditador desgraçado é um exemplo de demência contra a liberdade, e o povo que não pode contar , nem "pensar" o que vive, sofre num regime de semi escravidão.
Sabem o que é pior, a maioria dos comunistas/socialistas, ou todos, não estão preocupados com a pobreza e a miseria, mas com os ricos e suas riquezas, inveja pura, o verdadeiro burgues, aquele que se acha merecedor de riquezas. Vamos mostrar a estes analfabetos que diminuir diferenças é ter educação e cultura, não roubando de uns para dar a outros. assumindo o poder e a responsabilidade, não entregando aos politiqueiros do tipo fidel e chaves.isto é o povo no poder, politico obedecendo o povo, não mandando no povo.
SE CUBA É TÃO BOM ASSIM PQ Ñ SE MUDA PRA LÁ?


Denes Wenen <dwenen21@yahoo.com.br> escreveu:
Repassando...

franklindouglas@elo.com.br escreveu:
De: franklindouglas@elo.com.br
Para: siderurgianaamazonia@grupos.com.br
Cc: <consea-ma@yahoogrupos.com.br>,
"Siderurgia na Amazonia" <siderurgianaamazonia@grupos.com.br>
Assunto: [Siderurgia Amazonia] Che, a Revolução
e o Maranhão
Data: Fri, 16 Jun 2006 17:18:33 -0300

 
 

CHE, A REVOLUÇÃO E O MARANHÃO
Franklin Douglas
Nesta semana que passou – precisamente em 14 de junho –, o lendário Ernesto Che Guevara completaria 78 anos. Alguns analistas costumam dizer que, enquanto Che Guevara foi a dimensão sonhadora da Revolução Cubana, Fidel Castro foi a dimensão concreta de fazer a revolução de seu País vencer dia a dia cada novo desafio. Mas, se vivo estivesse, Che certamente estaria orgulhoso do que ajudou a construir e viu Fidel e o povo cubano consolidarem. Mais que um país, um exemplo para a luta no mundo contra a exploração e a desigualdade.

Che: exemplo sempre vivo em Cuba
Maio passado, quando tive a enorme satisfação de conhecer Cuba, fiquei impactado por ver as dimensões do sonho e da realidade juntas num só lugar. Conheci a experiência socialista de um local onde todos têm a mesma oportunidade para a vida. Não é a ausência de pré-natal, maternidade, registro de nascimento, alimentação adequada, saúde e educação que fazem as crianças deixarem de alcançar a idade adulta – por sinal uma das maiores taxa de expectativa de vida do mundo, 75 anos.
Se no planeta há 630 milhões de pessoas sem-abrigo, nenhuma é de Cuba. Se no mundo há 824 milhões de crianças passando fome e milhares morrendo pela conseqüência de doenças como sarampo e outras por falta de vacina, nenhuma é cubana. Se o contingente de analfabetos é, sobretudo, oriundo da África e da América Latina, nenhum está em Cuba – país majoritariamente de negros e negras. Se em toda parte o desemprego é crescente, em Cuba há pleno emprego!
Destaque nas áreas da pesquisa, da saúde e do esporte, Cuba também traz um dado impressionante aos olhos de um professor universitário de um Estado onde o analfabetismo beira os 54% e o índice daqueles que alcançam a Universidade não chega a 3%: em Cuba, o Ensino Médio é universal – com alimentação, material e transporte escolares garantidos gratuitamente a todos os alunos. O Ensino Superior está presente em todos os 165 municípios do País. Não há vestibular para entrar na universidade.
Este país de elevado vigor social, com o fim do chamado "período especial" (período mais violento e intenso de bloqueio econômico dos Estados Unidos a Cuba, compreendido entre 1993 e 01/05/2006 – cujo marco é a queda do muro de Berlim), parte agora para um salto em termos de desenvolvimento econômico. A Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA) entre Cuba, Venezuela e Bolívia (sobretudo com petróleo e gás de Venezuela e Bolívia para Cuba; e serviços médicos e professores cubanos para erradicar o analfabetismo em Bolívia e Venezuela) permitirá que Cuba supere, em 2006, a sua taxa de crescimento econômico alcançada em 2005 – 11,25%, mesmo diante do bloqueio econômico americano.

Bandeiras contra o Império: monumento a heróis cubanos ofusca Embaixada americana em Havana
Nos Estados Unidos, qualquer imigrante (e já vimos isso retratado recentemente nas nossas novelas) é literalmente caçado para não entrar no país. Mas, vindo de Cuba, tem visto de permanência, moradia, saúde, educação, saúde e emprego garantidos pelos Estados Unidos, desde que não retornem a Cuba, não enviem dinheiro a seus familiares e os visite apenas uma vez a cada três anos, e somente com 300 dólares para a viagem!
É este quintal dos Estados Unidos que Cuba não se deixou transformar. Que fez o sonho de Che virar realidade com Fidel. Os problemas que há em Cuba são minimizáveis diante da grandeza com que o país enfrentou o mundo capitalista nestes últimos 50 anos – quando Che, Cinfuentes, Raul e Fidel iniciaram, inspirados em José Martí, a revolução cubana em Sierra Maestra.

Mais de um milhão de cubanos festejam o primeiro de maio na praça da Revolução
Meio século depois, Cuba é referência para qualquer experiência socialista que se quer fazer concretizar no mundo e, em especial, na América Latina. O desafio dos cubanos é transformar a revolução feita por uma geração em projeto de uma sociedade para si e, por conseguinte, para a humanidade.
Por último, outro dado que salta aos olhos de um maranhense que há 40 anos vê somente uma família e seus aliados no poder: em Cuba, os 47 anos de governo de Fidel transformaram seu país numa referência mundial e ele próprio num mito para a sociedade cubana – de velhos combatentes a novos adolescentes. Um líder inconteste. Apesar disso, em Cuba não vi maternidade Fidel Castro, rua Fidel Castro, ponte Fidel Castro, Tribunal Fidel Castro, escola Fidel Castro, vila Fidel Castro, município Fidel Castro etc. E dizem que lá há uma ditadura... Ah se Che conhecesse o Maranhão, começaria por aqui, e não por Cuba, a sua revolução!

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