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sábado, setembro 29, 2007

[espacosaude-ma] Muito além do cidadão Kane


Prezados amigos,
 
Por favor, não deixem de assistir alguns trechos do documentário "Muito além do cidadão Kane" que está disponível no YOUTUBE. É de grande importância para um melhor entendimento de nossa história contemporânea.
 
Um grande abraço,
Léo. 

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Blog do ENEB 2008 São Luís - MA
 

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quarta-feira, setembro 26, 2007

[espacosaude-ma] Reunião do Movimento Passe Livre São Luis


De: Cristiano Ferreira Cruz <christiano_fc@hotmail.com>
Para: Denes Wenen <dwenen21@yahoo.com.br>
Assunto: Reunião do Movimento Passe Livre São Luis
Data: Wed, 26 Sep 2007 19:13:07 +0300

Gente, recebi isso no orkut da galera do Movimento Passe Livre São Luís
Não seria bom a gente ir e dar uma conferida nisso?
 
VC PODE NÃO PAGAR MAIS PASSAGEM
Precisamos discutir mais nossos problemas cotidianos,
e sair do "falar mal" para o fazer algo!

Convido você a participar da
REUNIÃO COLETIVA
de construção do PASSE LIVRE


Vamos começar a luta!
Vamos nos reunir dia 27/09 (quinta-feira) às 18:00hs
na escadaria da pça Nauro Machado-Reviver.

Traga seus amigos, lideranças, ..Chame o povo!

Vamos conversar, conhecer mais sobre essa realidade
que é o PASSE LIVRE e começar a mobilização!

entre na COMU->Passe livre São Luís
www.orkut.com/Community.aspx?cmm=39328141

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[espacosaude-ma] Resultado Plebiscito Maranhão!!!!!!


Mensagem abaixo.
 
Joilson.

Observação: mensagem anexa encaminhada.
Flickr agora em português. Você clica, todo mundo vê. Saiba mais. Data: Mon, 24 Sep 2007 18:44:26 -0300 (ART)
De: Joilson Costa <militantepj@yahoo.com.br>
Assunto: Resultado Plebiscito Maranhão!!!!!!
Para: eumesmo2 <militantepj@yahoo.com.br>

Prezados/as comp@s,
 
Envio-lhes anexo a planilha com a apuração do Plebiscito sobre a Vale no Maranhão. Aproveitando a mensagem envio também a apuração detalhada de São Luís. Ressaltando duas coisas:
 
1.Estes são os resultados que chegaram a meu e-mail até as 18:10h do dia 24 de setembro, ou seja, hoje. No dia 20 a noite eu já havia enviado uma primeira versão da Planilha, no entanto hoje a tarde me chegou mais um resultado e consultando a secretaria nacional eles me autorizaram a incluir também estes, no entanto, como enviei apenas agora há pouco, 18:15h, não garanto que incluirão. Caso não envio a primeira versão da mesma, sem os votos de hoje.
 
2. Estes números não representam a votação total no Maranhão, uma vez que é possível que alguns municípios tenham enviado direto a secretaria nacional. Isto é algo que saberemos posteriormente. Além destes municípios, também sabemos de organizações que realizaram o plebiscito e não enviaram para centralização estadual.
 
Ao verem o resultado alguns/mas terão a imediata reação de achar que foi uma votação inexpressiva, principalmente quando se compara este resultado com os 263.388 votos apurados no Plebiscito sobre a ALCA, em 2002.
 
Sobre isso, vale pontuar algumas poucas coisas:
 
1. O Plebiscito sobre a ALCA se desenvolveu numa conjuntura e num processo bem diferentes deste Plebiscito: A conjuntura de 2002 fez com que a unidade fosse construída em torno de um inimigo comum: Imperialismo Norte-Americano. O risco de nos tornarmos "quintal" dos EUA fez com fossem esquecidas, pelo menos momentaneamente, as velhas divergências ideológico-políticas.
 
2. Infelizmente este ano não se conseguiu ter clareza do inimigo comum: o capital financeiro internacional, afinal a maior parte do lucro da Vale vai para Wall Street. Este fato, aliado a nossa conjuntura política nacional, impediu que de fato fosse construída a unidade entre as organizações que se dispuseram a construir o Plebiscito. Maior prova disso é que diferente dos outros dois Plebiscitos Populares este Plebiscito teve três modelos de cédulas: um com QUATRO perguntas, um com somente UMA pergunta e outro com CINCO perguntas, para os Estados que assim desejassem. Isto com certeza dificultou o processo e é a causa das diferenças numéricas que vocês poderão comprovar na planilha. O Maranhão utilizou os TRÊS modelos diferentes.
 
2. Em 2002 lutávamos contra "apenas" uma proposta. A ALCA ainda não era algo real, concreto. A Companhia Vale do Rio Doce é uma empresa consolidada e que só de privatizada já tem 10 anos e tem fortes influências no cenário político e econômico do País. Isso tornou a luta ideológica muito mais difícil. A ALCA não tinha propaganda de TV, por exemplo, para passar uma boa imagem para a população. Já a Vale contratou até Fernanda Montenegro...
 
4. O processo do Plebiscito sobre a ALCA contemplou a articulação de um Comitê que mesmo funcionando em São Luís contava com várias organizações de caráter estadual, o que possibilitou também a formação de comitês por diversos municípios maranhenses. A articulação nacional para tal processo iniciou-se um ano antes. O Comitê Estadual dispunha de uma estrutura mínima para realizar a articulação no Estado. Neste Plebiscito o processo foi totalmente diferente e muito mais difícil, mas que não cabe a mim avaliar aqui sozinho.
 
Isso apenas para dizer que apesar de todas as dificuldades conseguimos realizar um bom trabalho, chegando a pelo menos 11,84% da votação do Plebiscito anterior. Parabéns a todos/as os/as militantes e voluntários/as que contribuíram diretamente neste Plebiscito, especialmente aos/as companheiros/as da diocese de Balsas, que sozinha respondeu por 31,45% da votação estadual com 9.856 votos.
 
Por fim, dizer que a luta pela reestatização da Vale do Rio Doce não terminou com o Plebiscito, este foi apenas o pontapé inicial. Há uma imensa luta jurídica, política e popular para que possamos retomar a Vale para o Povo brasileiro. Os/as que por ventura não tiveram condições de contribuir com o Plebiscito, ainda terão oportunidades de contribuir com a Campanha, pois batalhas é o que não faltarão. Esperemos sair vitoriosos/as dessa guerra.
 
Na fé, na luta e na esperança,
 
Joilson José Costa
Pastoral da Juventude
"A Vale é nossa!"
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segunda-feira, setembro 24, 2007

[espacosaude-ma] Jornal da Biologia - Ref. Uni., ciências biológicas e ocupação reitoria

JORNAL DA BIOLOGIA
 
 
O JORNAL DO CENTRO ACADÊMICO DE BIOLOGIA - UFMA
 
 
O que tem a ver Reforma Universitária de Lula, infra-estrutura do curso de ciências biológicas e a ocupação da reitoria da UFMA?
 
 
O projeto de Reforma Universitária do governo Lula se caracteriza pela falta de investimento nas universidades públicas, enquanto milhões são destinados às privadas garantindo sua expansão. O Governo coloca como solução para o problema da falta de acesso ao Ensino Superior pelas classes populares, o ingresso em universidades privadas através do Programa Universidade Para Todos (PROUNI), sem qualquer preocupação com a permanência desses estudantes nas universidades, transferindo recursos públicos para as universidades privadas e cortando verbas da educação, configurando o processo de privatização do ensino público do país. Esses ares de privatização da universidade pública sopram também aqui na UFMA, seja pelo descaso da atual administração para com os problemas estruturais vividos (laboratórios em péssimas condições, falta de professores, falta de livros na biblioteca, renovação do acervo, falta de moradia estudantil, etc.) seja pela implementação da Reforma Universitária, nos moldes propostos pelo governo Lula. O que temos observado, na realidade, é uma adesão acrítica à Reforma por parte da Administração Superior.
 
Somos contra a diminuição do número de vagas para entrar no curso de ciências biológicas, pois nega o caráter público e democratizante da universidade. Ao invés de se investir em vagas, infra-estrutura e materiais, recorremos à diminuição de vagas? O que é isso? A universidade é gratuita por inteiro. E também recorremos a um Mestrado pago? R$ 100 semestrais tornam-na uma das mais caras do Brasil. Queríamos sinceramente saber o destino deste dinheiro. O CABIO-UFMA reivindica gratuidade integral para os todos os estudantes do mestrado biodiversidade e conservação.
 
Os técnico-administrativos, discentes e docentes pedem mais urgência na reforma do prédio, pois a reforma até agora está sendo bancada pela pós-graduação. Não é de responsabilidade do Departamento de Biologia, do Centro Acadêmico de Biologia, da Mutual, da Pós-graduação ou do PET investir financeiramente na reforma, ampliação, modernização do espaço físico e renovação dos equipamentos. Fazemos pesquisa, educação e conhecimento científico e tecnologia para contribuir com a sociedade. Os cupins há um bom tempo, fazem as festas nas antigas estruturas cedidas pela SBPC para o curso de ciências biológicas. Não devemos ter a memória curta e falha, pois é só lembrar dos setenta (metáfora, mas foram muitos) ofícios pedindo manutenção dos computadores da BIONET. Foi preciso emendas parlamentares (!!!) para erguer nosso novo prédio com laboratórios e salas de aulas. Desde 1995, segundo a professora Emília Girnos, não se faz concurso para novos professores efetivos. Isso só para citar as lembranças mais próximas.
 
No relatório de Avaliação Institucional do curso de ciências biológicas, alguns trechos falam com mais clareza sobre este referido curso. "As dificuldades financeiras que os laboratórios estão submetidos acabam por desestimular atividades desta natureza (atividades de extensão universitária). Porém, alguns projetos de extensão são executados, como o caso dos laboratórios de Genética e de Paleontologia, onde se observa uma integração das abordagens pesquisa / extensão."
 
No que diz respeito à relação teoria e prática no curso de graduação (laboratórios, espaços de trabalho, pesquisa, extensão, etc.), "objetiva-se, pelos professores do Curso, um equilíbrio entre teoria e prática dentro das disciplinas que prevêem estas duas abordagens. Porém a parte prática de muitas disciplinas é seriamente comprometida, sobretudo aquelas que exigem instalações adequadas como laboratórios equipados, em função do sucateamento da infra-estrutura do Curso e da escassez de material de consumo para utilização nestas aulas. No que diz respeito a práticas de campo, elas frequentemente ocorrem com o suporte financeiro dos próprios professores e alunos dada a dificuldade de se obter recursos para tais fins dentro da instituição. Este quadro de precariedade dificulta as atividades de pesquisa e praticamente inviabiliza as de extensão."
 
Ainda nas considerações finais do mesmo documento, consta que o "Curso de Ciências Biológicas da UFMA foi iniciado em 1982. Desde então experimentou uma impressionante evolução na qualificação do seu quadro de professores e na qualidade da formação dos seus alunos, inclusive com seus professores-orientadores mantendo parcerias (formais ou informais) com centros de pesquisa renomados no Brasil, o que tem permitido o envio de alunos para realização de treinamentos nestes centros, melhorando consideravelmente a formação destes orientandos. O grande problema que acomete o Curso é a precariedade da maior parte das instalações do prédio onde estão operando a maioria dos setores e respectivos laboratórios. É sabido que todas as universidades federais enfrentam problemas de recursos, mas na UFMA a causa dos problemas de infra-estrutura parece transcender esta circunstância. Tradicionalmente, independente de haver recursos suficientes ou não, não há uma prática de manutenção das instalações dos prédios, o que faz com que problemas de fácil solução e de baixo custo se acumulem (por exemplo: lâmpadas queimadas, dobradiças deterioradas, fechaduras emperradas ou danificadas, ferrugem, cupim, pias inoperantes, encanação com vazamento, etc). Observando esses detalhes é  inevitável concluir que a Prefeitura de Campus está longe de prestar exemplarmente os serviços de sua responsabilidade. Não há de forma alguma um monitoramento do estado em que se encontram os edifícios e suas instalações; sempre que algo é quebrado ou danificado, assim permanece a não ser que os departamentos insistam junto à prefeitura para que enviem um técnico no assunto para resolver o problema. Freqüentemente a solução não é mais que um remendo precário de curta validade. O efeito deste sucateamento é, em primeiro lugar uma aparência deplorável de muitos dos espaços comuns e privados do Campus (o que tem o efeito de criar uma impressão ruim, de um visitante, da instituição como órgão de formação de nível superior) e, em conseqüência, um comprometimento da funcionalidade dos laboratórios, auditórios, salas de aula, etc. De fato, o Curso de Ciências Biológicas tem demonstrado muita qualidade na formação de seus alunos e na produção de pesquisas. Porém, o que é efetivamente realizado está muito abaixo do potencial real do Curso, que está seriamente comprometido pela precariedade em que é obrigado a operar."
 
Segundo depoimentos do Prof.º Manuel Alfredo, as condições físicas do curso deixam os professores visitantes de queixo caído de tanto abandono. Em um caso, um professor perguntou se "isso" era realmente uma universidade (!). A Avaliação Institucional em realização na UFMA é, sem dúvida, uma iniciativa importante que pode revelar problemas e soluções e conduzir a instituição a uma condição mais condizente com o que se espera de uma UNIVERSIDADE. Porém, se estes problemas aqui acusados não forem efetivamente resolvidos, ou pelo menos bastante amenizados, quaisquer outras políticas que, em teoria, venham a ser planejadas como resultado desta avaliação, dificilmente poderão ser implementadas porque o que se faz na UFMA é o mínimo permitido pela sua infra-estrutura, e não adiantará muito ter-se idéias de implementação de novidades se os problemas básicos não forem tratados. Deste modo, se estes aspectos não forem seriamente levados em conta, a Avaliação Institucional não será mais que uma INTENÇÃO com resultados impossíveis de serem levados a sério. É uma filosofia equivocada e recorrente típica do terceiro mundo "investir tempo e recursos em problemas secundários sem antes tratar de resolver problemas primários". Esta abordagem de quase nada contribui para que o terceiro mundo deixe de ser terceiro mundo."
 
Outra Medida utilizada pelo governo, para inflar os números do acesso à Educação Superior é a chamada Educação à Distância, onde se quebra o vínculo aluno-professor no processo de construção do conhecimento e se prima somente pela expedição de diplomas, sem qualquer responsabilidade com a qualidade do ensino oferecido. Esta idéia é defendida pelo Chefe de Departamento de Biologia Prof.º Sérgio Brenha para o curso de Ciências Biológicas da UFMA o que é lamentável.
 
No que se refere à Avaliação do Ensino Superior, muda-se o formato, mas o conteúdo continua o mesmo. Embora hoje a avaliação não seja feita somente com base no desempenho dos estudantes, como acontecia com o Provão de FHC, a lógica de desresponsabilização do Estado com a Educação Superior permanece, uma vez que, ao não alcançar resultados satisfatórios, a universidade terá que buscar meios próprios para prover suas necessidades. Quanto à avaliação dos estudantes (ENADE), esta mantém seu caráter ranqueador ao disponibilizar bolsas de "incentivo" aos estudantes que tirarem as melhores notas, sem contar que não leva em consideração questões como as diferenças regionais e culturais de cada estado. Ou seja, os estudantes da UFMA são avaliados da mesma forma que os estudantes da UNICAMP, por exemplo.
 
É diante desse quadro geral e de especificidades da UFMA que ficou resolvido que os estudantes iriam ocupar a reitoria da UFMA. Um instrumento de luta e de reivindicação capaz de "despertar" a comunidade universitária para a realidade, para além da baderna e do estrelismo, se faz necessária.
 
Depois de oito dias ocupados na Reitoria conseguimos avançar no sentido de termos conseguido por intermédio da Justiça Federal o atendimento da nossa pauta de reivindicação. A reitoria deu um tiro no pé. Depois de ter o pedido de reintegração de posse negado pelo juiz, fomos intimados a depor na 3ª vara da justiça federal para uma audiência de conciliação onde comparecemos em peso e o reitor teve que assumir em juízo o cumprimento de nossas reivindicações que eram (são as seguintes):
 
Pela revogação imediata da Resolução 66/06 do CONSAD!
Pela revisão e conclusão das obras da Casa de Estudantes no Campus!
Pela Ampliação e gratuidade do Restaurante Universitário!
Por um Teatro no Campus!
Pela imediata ampliação dos laboratórios de informática no CCBS (êêêêêê), CCET, CCH, CCSo!
Pela imediata duplicação da frota dos ônibus que atendem à comunidade acadêmica! Ampliação dos horários!
Pela imediata aquisição patrimonial de ônibus e micro-ônibus para garantir a integralização da comunidade acadêmica!
Pela ampliação do espaço físico e do horário de venda do passe escolar!
Pela equiparação da bolsa-trabalho ao valor do salário-mínimo!
Contra a Reforma Universitária do governo Lula/Banco Mundial!
Por ações afirmativas para além das cotas!
Por auditoria externa nas contas da UFMA com composição paritária dos segmentos da universidade!
Por segurança concursada e desarmada na UFMA!
Pela abertura imediata de vagas para a contratação de professores efetivos! Todo apoio à luta dos professores substitutos: contra a precarização do trabalho docente!
Contra a repressão e criminalização do movimento estudantil e movimentos sociais!
Todo apoio à luta dos servidores públicos estaduais do Maranhão contra a aplicação da lei 8.592/07 que estabelece graves perdas salariais aos trabalhadores estaduais!
Pela volta do direito à inclusão/exclusão de disciplinas!
Pela paridade nos órgãos colegiados!
Retomada de todas as obras no Campus!
Aumento do acervo da Biblioteca Central e criação de bibliotecas setoriais!
Por bebedouros na Área de Vivência!
Pelo controle externo da qualidade da água dos bebedouros!
Apoio material para o Núcleo de Esportes!
Pela garantia de uma universidade laica!
Pela adaptação imediata da estrutura física e didático-pedagógica para atender às pessoas com deficiência!
 
 
ESTUDANTES EM OCUPAÇÃO NA REITORIA DA UFMA
http://ocupareitoriaufma.weblogger.terra.com.br
 
 
Discutimos ponto a ponto a nossa pauta e sobre os três principais eixos da nossa reivindicação, acordamos da seguinte forma: sobre a resolução 66/06 do CONSAD, foi revogada por completo e será formada uma comissão paritária composta pelos três segmentos da UFMA: professores, técnicos e estudantes para discutir sobre a regulamentação dos espaços físicos; sobre moradia universitária, a universidade comprometeu-se a entregar a casa dos estudantes em outubro desse ano, com redistribuição dos espaços e se houver necessidade construirá outro pavimento; sobre Restaurante Universitário, seu espaço será duplicado no prazo de 60 dias e haverá aumento de bolsa alimentação na porcentagem de 15% ao ano, até conseguirmos gratuidade.
 
Conseguimos também audiências públicas trimestrais e que as prestações de contas fossem on-line, e a retomada de todas as obras que estão paradas na Universidade. Nesse sentido, conseguimos dá um avanço muito grande aqui na UFMA, mas compreendemos que são ganhos pontuais, pois nosso maior inimigo hoje é a Contra Reforma Universitária de LULA/FMI e que essa vitória aqui no Maranhão só foi possível devido à unidade do Movimento Estudantil no país que teve como marco a ocupação da USP e aqui com o DCE e MOCEM (MOVIMENTO DE CASAS DE ESTUDANTES DO MARANHÃO) e nesse levante do movimento estudantil não há mais espaço para a UNE, pois nesse processo toda ela não se fez ausente, mostrando que não serve mais como instrumento de luta da juventude.
 
Se não houver o cumprimento de nossas propostas de curso e de universidade diante dos ataques perpetrados pela Reitoria e pelo Governo Federal, não teremos outro recurso, senão apelar à GREVE.
 
REFORMA DO PRÉDIO DA BIOLOGIA JÁ!
NOVOS EQUIPAMENTOS E MATERIAIS PARA O CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS!
PELO FIM DAS TAXAS NA UFMA!
PÓS GRADUAÇÃO MESTRADO GRATUITO!
APOIO INCONDICIONAL ÀS GREVES DOS TRABALHADORES DAS UNIVERSIDADES!
TODO APOIO ÀS OCUPAÇÕES DE REITORIA E ÀS INSURREIÇÕES DA JUVENTUDE!
CONTRA A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO E POR SUA REVITALIZAÇÃO!
PELA EXPROPRIAÇÃO DAS EMPRESAS DE EUCALIPTO E CONTROLE POPULAR DAS MESMAS!
 

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[espacosaude-ma] Jornal da Biologia - O Mito dos "Biocombustíveis"

JORNAL DA BIOLOGIA
 
O Jornal do Centro Acadêmico de Biologia - UFMA
 
 
O Jornal da Biologia é um instrumento de divulgação de notícias, de comunicação, de relacionamento da diretoria do CABIO com os demais membros (vocês), enriquecimento de conteúdo curricular, extra-curricular, pós-curricular..., smiguelação (questionamento) e polemização de questões que ninguém discute publicamente porque do primado da pesquisa, da linha de produção de trabalhos  em detrimento do pensamento. Não vem qualquer assunto-tema, mas discussões que interessam à totalidade dos estudantes do curso. As últimas edições do Jornal da Biologia constam de Outubro de 2004 e Março de 2005, eram bem mais densos e ficava caro para imprimir muitas cópias. Colocamos em pauta a discussão dos "biocombustíveis". Procuramos "limpar o meio-de-campo" contrapondo ou ratificando opiniões dos próprios estudantes de biologia da UFMA. Não é nada pessoal, mas, a cada edição, iremos colocar uma pessoa no centro das discussões e desta vez o nosso escolhido é o estudante Cícero que também escreveu sobre "biocombustíveis". Todo mundo vai entrar na dança. Será aberto às contribuições de professores, servidores técnicos-administrativos... Quem quiser contribuir com edição, editoração, revisão, desenhos, figuras, poemas, não fica acanhado não! Vamos deixá-lo maior, mas tem que garantir a impressão, viu!
 
 
Informes:
  
Convidamos todos os estudantes de biologia a virem somar para a realização do ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE BIOLOGIA que será sediado em São Luís – MA onde poderemos tratar estas questões de forma participativa, crítica e propositiva.
 
 
O MITO DOS
"BIOCOMBUSTÍVEIS"
 
 
O Mito dos Biocombustíveis por jpereira — Última modificação 27/02/2007 17:08 Contribuidores: Edivan Pinto, Marluce Melo e Maria Luisa Mendonça

O papel do Brasil na substituição dos combustíveis fósseis seria fornecer energia barata para países ricos, representando uma nova fase da colonização.
 
22/02/2007

Edivan Pinto, Marluce Melo e Maria Luisa Mendonça *.

Recentes estudos sobre os impactos causados pelos combustíveis fósseis contribuíram para colocar o tema dos biocombustíveis na ordem do dia. Atualmente, a matriz energética é composta por petróleo (35%), carvão (23%) e gás natural (21%). Apenas 10 dos países mais ricos consomem cerca de 80% da energia produzida no mundo. Entre estes, os Estados Unidos são responsáveis por 25% da poluição atmosférica. Analistas estimam que, dentro de 25 anos, a demanda mundial por petróleo, gás natural e carvão tenha um aumento de 80%. A aceleração do aquecimento global é um fato que coloca em risco a vida do planeta. Porém, é preciso desmistificar a principal solução apontada atualmente, difundida através da propaganda sobre os supostos benefícios dos biocombustíveis. O conceito de energia "renovável" deve ser discutido a partir de uma visão mais ampla que considere os efeitos negativos destas fontes.
 
 
 
A propaganda do "combustível verde" ou "energia limpa" tem sido amplamente difundida no Brasil. "Usados em substituição aos derivados de petróleo, tanto o etanol quanto o biodiesel se convertem em ferramentas capazes de deter o aquecimento global", afirma texto da revista Globo Rural (Novembro, 2006). Por outro lado, já existem diversos estudos que contradizem essa idéia. Especialista em genética e bioquímica, a professora Mãe-Wan-Ho, da Universidade de Hong Kong, explica que os biocombustíveis têm sido propagandeados e considerados erroneamente como "neutros em carbono", como se não contribuíssem para o efeito estufa na atmosfera. Quando são queimados, o dióxido de carbono que as plantas absorvem quando se desenvolvem nos campos é devolvido à atmosfera. Ignoram-se assim os custos das emissões de CO2 e de energia de fertilizantes e pesticidas utilizados nas colheitas, dos utensílios agrícolas, do processamento e refinação, do transporte e da infra-estrutura para distribuição. Para a pesquisadora, os custos extras de energia e das emissões de carbono são ainda maiores quando os biocombustíveis são produzidos em um país e exportados para outro.
 
Um estudo do Gabinete Belga de Assuntos Científicos mostra resultados semelhantes. "O biodiesel provoca mais problemas de saúde e ambientais porque cria uma poluição mais pulverizada, libera mais poluentes que promovem a destruição da camada de ozônio". Sobre a produção de etanol, Mãe-Wan-Ho explica que "não foi levada em consideração a enorme liberação de carbono do solo orgânico provocada pela cultura intensiva de cana-de-açúcar que substitui florestas e terras de pastagem que, se fossem regeneradas, poupariam mais de sete toneladas de dióxido de carbono por hectare por ano do que o bioetanol poupa". Além disso, cada litro de etanol produzido consome cerca de quatro litros de água, o que representa um risco de maior escassez de fontes naturais e aqüíferos. No caso da soja, as estimativas mais otimistas indicam que o saldo de energia renovável produzido para cada unidade de energia fóssil gasto no cultivo é de menos de duas unidades. Isso se deve ao alto consumo de petróleo utilizado em fertilizantes e em máquinas agrícolas. Além disso, a expansão da soja tem causado enorme devastação das florestas e do cerrado no Brasil. Mesmo assim, a soja tem sido apresentada pelo governo brasileiro como principal cultivo para biodiesel, pelo fato do Brasil ser um dos maiores produtores do mundo. "A cultura da soja desponta como a jóia da coroa do agronegócio brasileiro. A soja pode ser considerada a cunha que permitirá a abertura de mercados de biocombustíveis", afirmam pesquisadores da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. (Revista de Política Agrícola. Ano XIV- nº. 1 - jan/fev/mar. 2005).
 
O Papel do Brasil. Apesar de não contar com terras agrícolas suficientes para o aumento da produção, a União Européia estabeleceu que até 2010 seus países-membros devem adicionar 5,75% de biodiesel em seu combustível e, até 2015 esta meta seria de 8%. Porém, diversos analistas estimam que além das dificuldades práticas de implementação, dificilmente este projeto alcançaria os objetivos desejados. Segundo a professora Mae-Wan-Ho, "se os 5,6 milhões de hectares de reservas da União Européia fossem cultivados com plantas energéticas, pouparíamos apenas de 1,3% a 1,5% das emissões de transportes rodoviários, ou seja, cerca de 0,3% do total de emissões de 15 países." O governo dos Estados Unidos oferece incentivos fiscais para que a indústria aumente o percentual de biodiesel no diesel comum. Porém, seria necessário utilizar 121% de toda a área agrícola dos EUA para substituir a demanda atual de combustíveis fósseis naquele país. Neste contexto, o papel do Brasil seria fornecer energia barata para países ricos, o que representa uma nova fase da colonização. As atuais políticas para o setor são sustentadas nos mesmos elementos que marcaram a colonização brasileira: apropriação de território, de bens naturais e de trabalho, o que representa maior concentração de terra, água, renda e poder. Estima-se que mais de 90 milhões de hectares de terras poderiam ser utilizadas para produzir biocombustíveis. Além disso, a "eficiência" de nossa produção se deve à disponibilidade de mão-de-obra barata e até mesmo escrava. Essas características são difundidas por órgãos governamentais e por alguns intelectuais, que criam a idéia de que a produção de agroenergia traria grandes benefícios. "Nosso país possui a maior extensão de terra do mundo que ainda pode ser incorporada ao processo produtivo", afirmam pesquisadores da Embrapa.
 
Eles estimam que a produção de biomassa "poderá ser o mais importante componente do agronegócio brasileiro". Em relação à expansão da produção de etanol, concluem que há a "possibilidade de expansão da cana-de-açúcar em quase todo o território nacional". Atualmente as usinas brasileiras têm capacidade de produzir 800 milhões de litros de biodiesel por ano, utilizados na mistura de 2% ao diesel comum. A meta estabelecida pelas empresas do setor é chegar a um bilhão de litros por ano até 2008, quando a previsão é adicionar 5% ao combustível fóssil. Análises do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) indicam este tipo de investimento como prioridade e estimam a construção de cem usinas até 2010. Em 2004, o banco investiu R$580 milhões no setor e em 2006, este montante subiu para R$2,2 bilhões. O Brasil produz atualmente 17 bilhões de litros de álcool por ano. Segundo o BNDES, seriam necessários mais oito bilhões de litros somente para atender o mercado interno. Portanto, o banco prevê que o Brasil deve expandir sua produção para outros países. Com a pretensão de controlar 50% do mercado mundial de etanol, o BNDES estima que o Brasil deve chegar a produzir 110 bilhões de litros por ano. "Apenas na região do Cerrado, podem ser disponibilizados nos próximos anos para plantio de grãos mais de 20 milhões de hectares", revela relatório da Embrapa. No Nordeste, segundo os pesquisadores, "somente para a mamona há uma área de três milhões de hectares apta ao cultivo".
 
Eles afirmam ainda que "A Amazônia brasileira possui o maior potencial para plantio de dendê no mundo, com área estimada de 70 milhões de hectares". Todavia, este produto é conhecido como "diesel do desmatamento". A produção em massa do óleo de palma (como é conhecido em outros países) já causou a devastação de grandes extensões de florestas na Colômbia, Equador e Indonésia. Na Malásia, maior produtor mundial de óleo de palma, 87% das florestas foram devastadas. Além da destruição ambiental e da utilização de terras agrícolas para a produção de biomassa, há outros efeitos poluidores neste processo, como a construção de infraestrutura de transporte e armazenamento, que demandam grande quantidade de energia. Seria necessário também aumentar o uso de máquinas agrícolas, de insumos (fertilizantes e agrotóxicos) e de irrigação para garantir o aumento da produção.
 
O Brasil pode também cumprir a missão de legitimar a política externa do governo estadunidense. Em visita ao Brasil, em fevereiro de 2007, o subsecretário de Estado, Nicholas Burns, afirmou que "A pesquisa e o desenvolvimento de biocombustíveis podem ser o eixo simbólico de uma parceria nova e mais forte entre Brasil e Estados Unidos". Os dois países controlam 70% da produção mundial de etanol. Recentemente, em resposta ao impacto deste tema na sociedade, o governo Bush anunciou que pretende reduzir o consumo de petróleo em 20%. Segundo Burns, "A energia tende a distorcer o poder de alguns Estados que nós achamos que têm um peso negativo no mundo, como a Venezuela e o Irã". (Folha de S. Paulo, 7 de fevereiro de 2007).
 
A expansão da produção de bioenergia é de grande interesse para empresas de organismos geneticamente modificados, que esperam obter maior aceitação do público se difundirem os produtos transgênicos como fontes de energia "limpa". "Todas as empresas que produzem cultivos transgênicos - Syngenta, Monsanto, Dupont, Dow, Bayer, BASF - têm investimentos em cultivos concebidos para a produção de biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel. Têm, além disso, acordos de colaboração com transnacionais como a Cargill, Archer, Daniel Midland, Bunge, que dominam o comércio mundial de cereais. "Na maioria dos casos, a investigação está voltada para a obtenção de novos tipos de manipulação genética de milho, cana-de-açúcar, soja, dentre outros, convertendo-os em cultivos não comestíveis, o que aumenta dramaticamente os riscos que por si só já implica a contaminação transgênica", explica Silvia Ribeiro, investigadora do Grupo ETC do México. Segundo Eric Holt-Gimenez, coordenador da organização Food First, "Três grandes empresas (ADM, Cargill e Monsanto) estão forjando seu império: engenharia genética, processamento e transporte. Uma aliança que vai amarrar a produção e a venda de etanol. E acrescenta que outras empresas do agronegócio como Bunge, Sygenta, Bayer e Dupont, aliadas à transnacionais de petróleo como Shell, TOTAL e British Petroleum, e também à automotoras como Volkswagen, Peugeot, Citroen, Renault e SAAB, formam uma parceria inédita visando grandes lucros com biocombustíveis.

O papel da agricultura camponesa. Edna Carmélio, coordenadora de biocombustíveis do Ministério de Desenvolvimento Agrário, afirma que "a produção do etanol é concentradora de renda; já a de biodiesel, mesmo não sendo exclusiva da agricultura familiar, tem forte componente social". Experiências como a plantação da mamona por pequenos agricultores no Nordeste demonstraram o risco de dependência a grandes empresas agrícolas, que controlam os preços, o processamento e a distribuição da produção. Os camponeses são utilizados para dar legitimidade ao agronegócio, através da distribuição de certificados de "combustível social". A expansão da produção de biocombustíveis coloca em risco a soberania alimentar e pode agravar profundamente o problema da fome no mundo. No México, por exemplo, o aumento das exportações de milho para abastecer o mercado de etanol nos Estados Unidos causou um aumento de 400% no preço do produto, que é a principal fonte de alimento da população.
 
 
Este modelo causa impactos negativos em comunidades camponesas, ribeirinhas, indígenas e quilombolas, que têm seus territórios ameaçados pela constante expansão do capital. Silvia Ribeiro alerta que "agora são os automóveis, não as pessoas, os que demandam a produção anual de cereais. A quantidade de grãos que se exige para encher o reservatório de uma camionete com etanol é suficiente para alimentar uma pessoa durante um ano". Alguns analistas empresariais até admitem que há problemas ambientais e risco à produção de alimentos, mas afirmam que precisamos escolher "o mal menor". Neste caso, defendem até mesmo a destruição de florestas com o objetivo de expandir seus lucros com a produção de bioenergia, também conhecida como "ouro verde". Na verdade, uma mudança na matriz energética que buscasse realmente preservar a vida no planeta teria que significar também uma profunda transformação nos padrões atuais de consumo, no conceito de "desenvolvimento" e na própria organização de nossas sociedades.
 
É preciso investir em alternativas como a energia eólica, solar, fotovoltaica, das marés, geotérmica. Porém, discutir novas fontes de energia implica, em primeiro lugar, refletir a serviço de quem estará esta nova matriz. A construção de uma nova matriz energética deve levar em conta quem se beneficiará ou qual propósito servirá. O modelo agrícola deve estar baseado na agroecologia e na diversificação da produção. É urgente resgatar e multiplicar experiências de agricultura camponesa, a partir da diversidade dos ecossistemas. Existem múltiplas tecnologias e conhecimentos tradicionais de produção como as agroflorestas, sistemas agropastoris, integrados e duradouros. Há também tecnologias e saberes locais de captação, armazenamento, manejo e usos de água para consumo e produção, que preservam fontes naturais. Estas não são soluções simplistas. Tampouco são suficientes mudanças em atitudes individuais de "consumidores", como comprar um outro tipo de carro, de lâmpada, etc. A maior responsabilidade pelo aquecimento global é justamente de grandes empresas que destroem as florestas e poluem o meio ambiente. As mesmas petroleiras, automotivas, agrícolas, entre outras, que pretendem lucrar com a bioenergia.

* Edivan Pinto e Marluce Melo são membros da Comissão Pastoral da Terra Regional Nordeste - CPT NE. Maria Luisa Mendonça é membro da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.

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quarta-feira, setembro 12, 2007

[espacosaude-ma] O q faremos?


Caros militantes, até o final dessa semana haverá urnas na UFMA para a realização do plebiscito de reestatização da CVRD. No CCBS a  urna ,a priora, está sobre a responsabilidade do DAFAR e do CABIO, mas precisamos de ajuda para tentar mobilizar o maior numero de pessoas a manifestarem sua opinião e trocar idéias.
Não irei me trazer aqui argumentos sobre o tema, pois alguns já foram expostos aqui pelo companheiro Denis e podem ser obtidos no sitio eletrônico - www.avaleenossa.org.br - ou nas urnas espalhadas pela UFMA (de preferência a localizada no CCBS).
Os espaços de lutas surgem, mas será que vamos ocupa-los?


Alvaro Bezerra

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