[espacosaude-ma] Fwd: Defendamos a Comuna de Oaxaca
--- In biologia@yahoogroups.com, Francisco nery da Silva
<chico_nery@...> wrote:
Defendamos a Comuna de Oaxaca Abaixo a repressão! Fora a PFP e o
Exército!
Nas últimas horas se iniciou o operativo contra a comuna
oaxaqueña, com a ronda de aviões e helicópteros a Oaxaca e centenas
de efetivos da PFP prontos para reprimir, e o governo de Fox lançou
um ultimato à APPO para que desaloje as barricadas. É urgente a
solidariedade efetiva dos sindicatos e organizações políticas,
sociais e populares para frear os ataques e a repressão do governo e
do regime.
Nos últimos cinco meses os trabalhadores e o povo de Oaxaca têm
dado um exemplo de como lutar contra os governos dos capitalistas:
com centenas de barricadas e a greve de professores, e com o
combativo acampamento que mantém do lado de fora do Senado (no DF).
É parte destacada disso a greve de fome que mantém 21 companheiras e
companheiros, demonstrando sua decisão de ir até o final, e com
métodos mais radicais, para impor suas demandas. O governo, o PAN, o
PRI e as instituições buscaram acabar com a heróica Comuna
oaxaquenha opondo-se a que se vá Ulises Ruiz (URO), já que sua
renúncia seria um exemplo a seguir para as massas do México.
Acabar com a luta da APPO e desativar a comuna oaxaquenha não tem
sido uma tarefa fácil para os partidos burgueses. O governo e a
Secretaría de Gobernación (SEGOB) têm buscado quebrar o movimento
mediante a chantagem, provocando a divisão interna entre o
magistério e a APPO, com manobras falaciosas na mesa de "negociação"
que não resolvem as demandas comuns. Contaram a seu favor com a ação
da direção de Rueda Pacheco e setores pactistas e conciliadores da
APPO, que alentaram expectativas no pacto com os senadores e o
governo e que há semanas pressionaram para que a APPO aceitasse as
promessas do governo e retrocedesse em sua luta. Em lugar de
impulsionar uma política para desenvolver, ampliar e aprofundar a
luta de Oaxaca ao conjunto do estado e do país, apostaram todas suas
fichas a que passassem as propostas da SEGOB!
Enquanto isso, URO e seus paramilitares encorajados por esta
política, desferiram ontem uma das piores ofensivas sobre o
movimento, tirando a vida de um jornalista independente, três
companheiros em luta e cinqüenta desaparecidos durante a violenta
jornada. Agora Abascal, legitimando-se nos acordos com a direção do
magistério, tem chamado a todos "os bandos" a respeitar o "Estado de
Direito", enquanto Fox ordenou o envio da PFP ao estado. Em lugar de
declarar que não se deveria regressar às aulas sem a renúncia de
Ulises Ruiz, Rueda Pacheco esteve a favor de uma saída favorável ao
governo, e que renega a demanda central do movimento. Há que dizer
claramente: Rueda Pacheco traiu a luta da APPO e a resistência
heróica daqueles que sustentam as barricadas da comuna de Oaxaca, os
mortos que deram a vida por esta luta, e agora Fox, URO e os grupos
paramilitares se encorajam para atacar e reprimir a comuna de
Oaxaca.
Ao impor-se a entrada da PFP e uma saída "desde cima" ao conflito,
o governo que surja será igualmente repressor, continuidade de URO,
corrupto e administrador dos capitalistas em Oaxaca. O início da
militarização e a política de Abascal apontam para tratar de
desmobilizar o movimento e derrota-lo com uma combinação
de "diálogo" e repressão. Mas o que sustenta a comuna e a APPO não
são os dirigentes conciliadores, senão as bases do magistério, as
mulheres, os trabalhadores, os camponeses e indígenas que dia-a-dia
têm sustentado as barricadas, à paralisação dos professores, e ao
acampamento. Aí radica a força e a potencialidade das massas
oaxaquenhas. Esta força é a que devemos apostar para dar ao
movimento uma política alternativa. Ante a situação atual não se
pode negociar nada enquanto atacam e assassinam os nossos
companheiros e nos põem uma pistola na cabeça: a base da APPO, o
magistério, e as organizações devemos nos manifestar por: Não à
negociação enquanto
continuarem os ataques e as ameaças de repressão! Assim como exigir
a imediata liberdade dos presos políticos, a aparição com vida dos
desaparecidos, e impor o castigo aos responsáveis dos ataques contra
as barricadas.
Enquanto Gobernación sustenta URO, afirma falsa e hipocritamente
que quer o diálogo: Abascal é cúmplice dos ataques, enquanto ordena
o início da repressão por parte da PFP. Há que se mobilizar e lutar
para que as forças repressivas saiam imediatamente do estado! Fora o
exército e a PFP de Oaxaca!
Apesar da enorme disposição das bases do magistério para sustentar
a paralisação, a pressão da direção, e os meses de desgaste têm
feito com que se imponha o suposto regresso às aulas. Mas a
paralisação, como sabem as centenas de professores que os sustentam
e estão em pé de luta, é uma medida de força fundamental e a ponta
de lança para que se vá Ulises Ruiz. Não se pode renunciar a ele,
estamos com as bases quando dizem: Paralisação magisterial até que
caia URO! Ante a iminente repressão que se fecha sobre nossos irmãos
oaxaquenhos se faz fundamental a solidariedade de classe. Não basta
dar declarações. Até agora os sindicatos que se dizem democráticos e
opositores não convocaram a paralisação em solidariedade, nem
nenhuma ação contundente. O que esperam os companheiros da direção
do SME, a UNT e a CNTE para chamar a paralisação já? Que haja mais
irmãos nossos massacrados? Até agora a luta mais importante dos
últimos anos ficou isolada em nível nacional. As declarações
de Marcos, em apoio a Oaxaca são bem recebidas, mas não chamam
a "Otra Campaña" a se mobilizar por Oaxaca. Todas as organizações
devemos chamar a mais ampla mobilização, a tomar as ruas em apoio a
Oaxaca e evitar que a luta seja derrotada.
Como parte disso, é fundamental a solidariedade e o apoio dos
trabalhadores, dos estudantes e dos setores populares em nível
internacional. As organizações que a nível internacional nos
reclamamos socialistas e revolucionárias, como o PSTU no Brasil, o
PO, o MAS e os MST's na Argentina, o POR e o MST na Bolívia, El
Militante e o PRT no Estado Espanhol, a LCR, LO e FLO na França, o
SWP na Inglaterra, o PCROL na Itália, entre outros grupos e suas
respectivas tendências internacionais, devemos lançar de forma
urgente e imediata uma grande campanha contra a política repressiva
do governo e em defesa da comuna oaxaquenha, chamando os
trabalhadores e os jovens dos distintos países a tomar em suas mãos
esta prática internacionalista.
Por um governo da APPO e das organizações em luta
Para retomar o caminho marcado nestes cinco meses, há que lutar
por uma política distinta a de Rueda Pacheco e dos setores
conciliadores e reformistas, apontando a que a APPO e as bases
magisteriais votem democraticamente um programa para levar ao
triunfo suas reivindicações e interesses, e uma nova direção à
altura da luta colocada.
É sob esta perspectiva que a partir da LTS-CC e da FT-QI
defendemos um programa que passava em primeiro lugar para que se vá
URO, e que os trabalhadores e o povo imponham um Governo Provisório
da APPO e das demais organizações operárias, camponeses e populares
em luta. Para isso, a APPO deveria se converter em um organismo
baseado em delegados eleitos nas comunidades, bairros e centros de
trabalho de todo o estado, com mandato de base e revogáveis, onde se
informe e se decida de forma democrática todos os passos a seguir. E
que expresse mediante a voz e o voto aqueles que são "a primeira
linha" que evitou a reocupação policíaco-militar: as barricadas e os
corpos de autodefesa. Esta era a melhor forma, por outro lado, de
evitar a ação dos setores mais pactistas e conciliadores, submetendo
todas as decisões ao controle e a discussão democrática da classe
operária e dos setores em luta.
A luta de Oaxaca é parte de uma luta nacional contra o governo e
as instituições dos capitalistas, até realizar uma greve geral
política que dê um golpe decisivo ao atual regime e abra caminho
para impor um governo dos trabalhadores, camponeses e indígenas
pobres, baseado em seus organismos de democracia direta e na
expropriação dos expropriadores, e que inicie a transformação
radical e socialista da sociedade. Esta é a primeira batalha e uma
das lições a vanguarda operária e popular deve extrair, de que não
devemos deixar que a energia das massas seja dilapidada por direções
que a levam atrás de uma estratégia reformista e conciliadora, de
confiança das instituições do estado burguês. Por isso, a partir da
LTS-CC e da FT-QI cremos que há que construir um partido
revolucionário dos trabalhadores, baseado nos setores mais
conscientes e avançados da classe trabalhadora e da juventude
combativa, com uma política e uma estratégia que se prepare para ser
uma alternativa de
direção nas novas batalhas que se anunciam.
VIVA A COMUNA DE OAXACA!
TODA A SOLIDARIDADE E APOIO INTERNACIONAL
NÃO À ENTREGA DA LUTA DA APPO
NENHUMA NEGOCIAÇÃO ENQUANTO CONTINUAREM OS ATAQUES PARAMILITARES E
A REPRESSÃO
PARALISAÇÃO MAGISTERIAL ATÉ QUE CAIA URO
PARALISAÇÃO NACIONAL E MOBILIZAÇÃO EM APOIO À APPO E CONTRA A
AMEAÇA DE REPRESSÃO
Fração Trotskista Quarta Internacional
28/10/06
www.ler-qi.org
Outros Grupos da FT-QI
http://www.ler-qi.org/links/grupos.htm
FT Europa
Argentina
Partido de Trabajadores por el Socialismo, PTS
Bolívia
Liga Obrera Revolucionaria por la Cuarta Internacional, LOR-CI
Chile
Clase contra Clase
México
Liga de Trabajadores por el Socialismo - ContraCorriente, LTS-CC
Venezuela
Juventude de Esquerda Revolucionária - JIR
Estado Espanhol
Clase contra Clase
Яaphael K. Mouro
"Tomar o céu por assalto, com as massas e a fé na razão! Deixemos
de ser a carne; sejamos a própria navalha; e realistas: exijamos
o "impossível"!!!
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=16656926485676567954
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Música para ver e ouvir: You're Beautiful, do James Blunt
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