Re: [espacosaude-ma] Pergunta
Caro Adriano,
Sobre o término de seu email. Onde me manda estudar, ver minhas futuras práticas profissionais e resgatar o respeito de minha profissão. Confesso-te que tive vontade de dizer um monte de porcarias que já me contaram ao seu respeito (sem mesmo saber se são fundadas ou não). Mas acho que você é uma pessoa de bom coração, e que o que escreve tenha sido um momento de raiva.
Antes digo que tenho um grande respeito por tua pessoa e luta, não somente sua como a de demais membros do DAFAR e de alguns membros do PSTU (aqueles que realmente lutam).
Não sei se estamos de lado opostos nessa luta. O que nos diferencia é que eu (podemos inserir o CAMAR - incluindo a parte que não gosta de mim) julgamos que podemos mudar o mundo sem uma ruptura completa dos valores socias (chamemos de realistas). Você (acho que posso inserir o DAFAR) seriam puristas, julgando que o sistema é deveras inadequado paa ser mudado aos poucos, sendo a única solução verdadeira a ruptura com este modelo social e econômico.
Qual missão seria mais justa?
Difícil resposta. Os realistas mostram que o resultado de sua luta realmente muda a sociedade (a passos lentos é verdade). Os puristas querem uma mudança de verdade e por isso se negam a compor com os atores sociais do famigerado sistema. Os realistas acusam os puristas de serem pouco pragmáticos e serem radicais. Os puristas acusam os realistas de serem ingênuos e pouco idealistas.
Julgo que ambos os lados devem se unir...
Considero-me bastante imaturo realmente frente as demandas políticas e socias do complexo cenário atual, diversas perguntas sem resposta, diversos cenários onde nossa atual análise não é mais capaz de concluir para onde avançarmos de forma adequada. Diversos momentos onde não sensibilizamos a base... Por que não a sensibilizamos?
Reconheço a minha falta de capacidade. Mas, esta falta de capacidade se confronta em uma busca constante e disciplinada pelo saber e por novas respostas.
Quanto ao que foi exposto sobre minha pessoa, onde próprios membros do CAMAR estariam mensurando sobre meu caráter, fico feliz em saber que meu CA é um ambiente amplo e democrático. E que haja pessoas que discordem de mim diariamente. Se tenho caído no ridículo ultimamente, sinto-me honrado com o comentário... Marx também foi considerado ridículo por muitos em sua época, e o que dizer de Galileu, Michelet....
Sobre o que expus acerca da opção entre ocupar a reitoria ou movimento o ano todo, expus de forma deveras simples a idéia. Considero a ocupação um grande meio de luta, uma via tática a ser utilizada pelos movimentos sociais (estudantis)
Esse é o ponto que desejo colocar, e sei que você concorda comigo... Devemos atuar é o ano todo! Quantos estudantes estavam na ocupação que não dão as caras no ME no restante do ano?
Sabemos que este fato é pertinente..
A luta é diária...
Sobre Marx....
Muito provavelmente não tenho o mesmo acúmulo sobre Marx que você tem Adriano.
Mas, devemos lembrar que nem todo conhecimento emana somente de Marx, quantos líderes comunitários deste país lutam de forma digna sem sequer conhecer o nobre autor?
Gosto quando você coloca que a luta é contra a opressão, aristocracia e o status quo...
Mas não caiamos no erro de acahar que o único caminho para isso é a luta via Marx ou via comunismo...
Quantos transformam este país, mesmo sem serem comunistas?
Adriano, não julgo que estejamos de lado opostos...
Quando expresso que não caiamos no erro de achar que devemos ser representates da classe trabalhadora, expresso o meu desejo sentimental e racional de ver a classe trabalhadora emancipada e representando a si mesma.
Devemos estar sempre ao lado do povo brasileiro, e devemos escolher o povo não por solidariedade, mas respeitando ao sentimento humando e de que todas devem viver um uma sociedade que ofereça oportunidades iguais.
Mas, não confudamos estar ao lado e se identificar, com ser classe trabalhadora.
Não aceitemos que dirigentes do sem-terra não saibam diferenciar uma cabra de um bode.
Acredito que lutar pela classe seja uma questão de opção, mas não aceito que membros de outra classe falem pela classe trabalhadora com autoridade moral de serem realmente pertencentes a ela.
Julgo e lutarei para que esse dia chegue que a classe trabalhadora se emancipe e represente a si mesma.
Estarei ao lado, e tenha estado ao lado diariamente por uma luta baseada no povo brasileiro.
Seja ao lutar por projetos científicos socialmente referenciados.
Seja lutando por uma educação libertária e transformadora, onde a graduação esteja inserida dentro dos postos de saúde, com uma visão emancipadora de saúde.
Seja lutando por políticas públicas adequadas.
Seja na luta por um hospital universitário de maior qualidade e com uma melhor resolutividade.
Seja não se acostumando as mazelas diárias que o mundo coloca na nossa frente.
Seja na busca incessante da inovação tecnológica que permita o real desenvolvimento e independência do país.
Outra coisa que tem me intrigado bastante, é que venho estudando Marx...
É o que acho interessante é que ao mesmo tempo que o autor continua bastante atual, é que precisamos saber que ele não possui todas as respostas...
Devemos ou não buscar novas teorias que nos fundamentem?
Tenho buscado ler novas teorias políticas, releituras para uma nova esquerda ou até a citada third way...
Precisamos ser ousados e corajosos o bastante para pensarmos com nossas próprias cabeças um novo futuro para nosso país e mundo. Devemos andar nem com Marx, nem contra Marx. Devemos buscar novas explicações para um novo mundo.
Adriando, deixemos a arrogância de lado, vendo a decadência a que o nosso ME vem se expondo, julgo que ambos não temos as respostas. Acredito que precisamos de uma nova esquerda, você acha que os valores da esquerda marxista são adequados para a atual conjuntura. Mas, porque a discordância não se repercute em um debate de qualidade (onde ambos reconhecem as suas deficiências e virtudes) e buscamos novos caminhos?
Quem ganha com isso? O povo brasileiro..
Cordialmente,
Lucas Valadão
PS: Caro Adriano, realmente não almoço no RU, quando não posso almoçar em casa com minha família almoço na tia perto do HU (mas é um pouco caro, sai 6 reais, e não consigo almoçar todo dia por falta de capital)...
PS2: "talvez isso seja um pouco abstrato para ti, mas devemos pensar na Luta como um processo histórico e não como uma negociata sobre uma mesa de negociações. Portanto, não foi só ocupar a reitoria e esperar sentado que sejam cumpridas as exigências e sim lutar diariamente para que as metas sejam alcançadas. """
Concordo plenamente contigo, mas me responde uma coisa cadê esta luta diária para que as metas sejam atingidas? Eu não a vejo, talvez esteja cego ou seja um pequeno burguês imaturo. E não é abstrato pra mim não, todo dia faço movimento na UFMA ou na Medicina, pelo menos lá no CAMAR é assim... Acredito também no proceso histórico (talvez nós pensamos parecido, eu sendo um realista e você um purista)
PS3: Sobre o debate do ENADE (enviei um email ao camarada Joelson dizendo que responderia ao seu email) e irei responder, julgo que terei tempo para isso. Mas eu queria mesmo era uma boa e animada roda de conversa. Sobre a análise do Joelson sobre o ENADE, falei ao próprio que sua análise estava excelente.
PS4: Leu o projeto do ReUNI na UFMA. Acharia pertinente a sua opinião.
Adriano Lopes <farmasofia@yahoo.
Lucas Valadão <lucasvaladao3@
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