[espacosaude-ma] Representação Discente e Democracia nas Universidades
Representação Discente e Democracia nas Universidades por PEL, estudante de biologia de Sergipe
A democracia nas universidades brasileiras está longe de ser o que desejamos, fato refletido principalemente nos seus órgãos de deliberação: os conselhos. Constituído por uma divisão desigual das vagas entre as três categorias que compõe a comunidade universitária (técnicos-administra
As decisões tomadas nestes conselhos são muitas vezes corporativistas e apontam para uma universidade ainda mais distante do compromisso social que almejamos. Frente aos problemas enfrentados e decisões manipuladas por grupos escusos, que enxergam a universidade como um balcão de negócios e utilizam os conselhos como forma de viabilização de interesses própios é que, a pequena representação discente deve qualificar-se assumindo não só uma postura denunciativa, como também, propositiva.
A representação dos estudantes nos conselhos e órgãos de decisão nas universidades, principalmente naqueles restritos ao curso, deve pautar-se na construção de uma universidade justa, inserida na conjuntura atual como mais um agente de transformação política, econômica, ambiental e social de que carece a sociedade brasileira.
Deve ser voz firme e atuante nos embates referentes à formação, defendendo uma formação mais humana, que priorize o desenvolvimento crítico dos alunos despertando um maior comprometimento prático entre o conteúdo apreendido na universidade e os problemas enfrentados pelo país.
Para tanto, é necessário que o representante discente conheça a estrutura na qual exercerá essa função, estudando de forma detalhada estatutos e regimentos de sua universidade. A autonomia é fundamental ao bom desempenho dessa tarefa. Manter-se autônomo de grupos (de professores, técnicos ...), é estar livre para pautar sua atuação na defesa dos interesses dos estudantes.
É bom lembrar, que autonomia em momento algum significa sectarismo, negação ao diálogo, mas sim, radicalização extrema na defesa dos interesses apontados pelos estudantes, defesa que perpassa pelo diálogo dos argumentos apresentados. Outro requisito importante, para uma boa representação estudantil é o contato intenso com seus colegas estudantes.
É através desse contato que as posições defendidas nos conselhos deverão ser tomadas, posições essas fruto de uma ampla e democrática discussão acerca dos problemas apontados. Caso contrário a pequena representação discente nos conselhos se tornará inexpressiva por não representar na verdade o fruto da discussão e do entendimento dos estudantes que estiveram dispostos e se reconhecem enquanto sujeitos desse processo.
O desafio vem sendo proposto pautando a representação dos estudantes de forma autônoma, propositiva e atuante; negando tudo que venha a significar subordinação e passividade. É hora do MEBIO (movimento estudantil da biologia) ocupar de forma qualificada esses espaços de disputas dos rumos das nossas universidades.
Autor: Pel, estudante de biologia da UFS - Universidade Federal de Sergipe
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