Espaço Saúde: Re: [espacosaude-ma] Por que 1 milhão?

Antes uma historinha...
Primeiro semestre de 2007 um indivíduo armado com um revolver calibre 38 invade o CCBS e rouba 2 laptops de um Laboratório, este adentrou ao CCBS por uma área descampada da UFMA, pois nesta não há muros... Houve troca de tiros com a segurança... O Indivíduo adentrou ao mato e desapareceu...
É esta UFMA que você quer manter Joelson??

Ainda continuo a acreditar que não seria a melhor opção...
Continuem citando seus autores...
Continuem dizendo que é porque ou já comi, ou com outras metáforas panfletistas e superficiais...

Aramys posso te fazer uma pergunta?
Tu és a favor do bolsa família do governo Lula??

"Para quem tem uma boa posição social,

falar de comida é coisa baixa.

É compreensível: eles já comeram."

Eu sou contra... Não é porque eu já comi, é porque não considero a melhor opção, entendes a sutileza do pensamento?
Análises maniqueístas são frágeis...

Penso igualmente em relação a residência no Campus, Não é porque já tenho residência, é porque continuarei pensando que não é a melhor opção...

Caro Joelson,
eis a luta de classes...
Quando lhe faltam argumentos, basta chamar o outro de burguês e encerra-se o debate...

Cordialmente,
Lucas Valadão...

PS: Um amigo meu mora na residência universitária... É caótico realmente...
Não sou contra a residência universitária, e não acredito que haja algúem no CAmpus que seja, mas volto a dizer que deveríamos repensar o nosso modelo de residência universitária... Há mal nisso? Querer repensar?
PS2:

"Para quem tem uma boa posição social,

falar de comida é coisa baixa.

É compreensível: eles já comeram."

É fácil ser contra a expansão de vagas do REUNI vocês já estão na universidade mesmo (já comeram)...
Argumento maniqueísta é frágil... eu disse...

Aramys Silva dos Reis <aramysfar@yahoo.com.br> escreveu:

Para quem tem uma boa posição social,

falar de comida é coisa baixa.

É compreensível: eles já comeram.

A luz das palavras de Brecht eu fico me perguntando: Qual seria esta outra opção?

Nem mesmo o autor da pergunta, que se diz tão pragmático, sabe responde-lá; ou se sabe, por favor, responda-me.

Inicialmente a casa não vai agraciar somente 60 pessoas, e sim 80 pessoas . Vinte a mais; vinte a menos, qual a diferença!!!!! realmente, quase nada. De fato as pessoas que vez do interior do estado ou de outros e que não tem a mínima condição, economicamente falando, de permanencia nesta universidade, são mais que o dobro deste número.

Ah!!! mais o projeto inicial era que casa abrigasse 160 pessoas. Então por que não continuou assim? Bem! Os atuais moradores das 3 casas não permitiram. Agora provavelmente seremos taxados de, pelo menos, egoístas (só queremos assistência para nós).

Então porque ser contra as 160 vagas? Novamente caíram no erro do REUNI! Expansão quantitativa mais não qualitativa.

Eh! A casa (de 1 milhão) possui 40 quartos. Fazendo, rapidinho, uma divisão, iremos descobrir que pelo o projeto inicial, deveriam ser 4 pessoas dentro de um quarto de 16 metro quadrados. Algumas pessoas podem dizer; "qual o problema disso, vcs querem muito conforto". Realmente, eu não posso condenar uma pessoa que dormi, sozinha, em um quarto de 20 a 25 metros quadrados (ou até mesmo em 16) de falar isso. ("É compreensível: eles já comeram"). Mas eu posso dizer que não é nada bom. Moro em com área um pouco maior que a da casa de 1 milhão, com mais um pessoa e não é nada confortável.

Então... Qual seria a opção?

Talvez deixar os moradores onde estão. Casas, nem um pouco habitáveis; com teto caindo em nossas cabeças e ratos passeando pelo corredor.

Talvez transformar a casa em um centro de pesquisas (como pretendem alguns setores a atual administração) e dá uma bolsa de 200, 300 ou 350 reais para os moradores sobrevirem até o termino do seu curso.

Talvez essas pessoas nem deveriam sair de suas cidades. Deveriam se contentar com seu ensino médio, ou se acharem pouco, fazerem o curso técnico (se na sua cidade tiver, claro!)

Talvez aumentar as vagas. Colocar 4, 6, 8... pessoas por quarto. Seria lindo. As "neosenzalas".

Talvez a UFMA deveria continuar pagando o aluguel de R$ 3500,00 pela casa das meninas (casa que não oferece as mínimas condições de sobrevivência). O que? R$ 3500,00, por mês, para 37 moradoras. Alguns podem dizer " que absurdo!" ("É compreensível: eles já comeram").

Talvez as meninas nem deveriam ter saindo da sua antiga residência, que nem janelas adequadas tinhas e não fazerem a UFMA gastar R$ 3500, 00 por mês com elas.

Talvez... Talvez... Talvez.

Convido a todos que acham absurdo uma casa de 1 milhão a passarem apenas 3 dias em uma das casas. Estamos de portas abertas. Ou pelo menos visita-las.

Para aqueles que nunca passaram nem em frente:

CEUMA - Casa do Estudante Universitário do Maranhão
Residência masculina
Endereço:Rua São Pantaleão, 168, Centro.
Telefone:3231-6666

REUFMA-Residência Universitária da UFMA
Residência Masculina.
Endereço: Rua da Paz, 527, Centro
Telefone: 3231-6664/3221-8753

LURAGB- Lar Universitário Rosa Amélia Gomes Bogéa.
Residência Feminina.
Endereço: Rua Humberto de Campos, 174, Centro
Telefone: 3232-9665

Aramys Silva dos Reis

DAFAR-UFMA

MOCEM

Joelson Gomes Carreiro <joelson_mef@yahoo.com.br> escreveu:

Eis a luta de classes...

Lucas Valadão <lucasvaladao3@yahoo.com.br> escreveu:

Alguns fatos colocados aqui...

Sobre o Muro de 3 milhões... Não é para evitar que as comunidades em torno do campus tenham acesso a este... É para garantir o terreno da universidade que já teve 60% do sua parte originária invadida... Além disso lembremos que a mesma facilidade que entra a população, entram também os crminosos...

Como as comunidades ao redor da UFMA participam desta hoje (com muro ou sem muro), hoje esta vigiam carros, são vendedores ambulantes e participam das calouradas... Quando dizemos que a universidade deve romper seus muros, dizemos teoricamente... O Muro visará trazer segurança e organização ao Campus, a sociedade poderá e DEVE estar no Campus, mas para isso deve haver uma organização com guaritas, para que os visitantes entrem e sejam conduzidos da melhor forma possível dentro de uma lógica segura e organizada...

"pra evitar que as comunidades ao entorno do campus tenham acesso a esse espaço é, no mínimo, estranho;" Estranho mesmo... ateh porque essa idéia é falsa... A comunidade deve vir vias Projetos de Extensão Popular (e estudar no CAMPUS), e não vigiando carros ou vendendo lanches...

Vejo um triste exemplo... O Prédio de Medicina a aberto, outro dia uma funcionária foi assaltada dentro do Departamento, sorte que seus gritos foram ouvidos e o assaltante preso... O CAMAR luta por uma guarita na entrada para organizar os estudantes e os visitantes... Estaria o CAMAR errado?

A mesma via que entra a comunidade, entra o criminoso...

Sobre a questão da residência, 1 milhão e 400 mil reais deveriam ser gastos para atingir um maior número de pessoas.... Esse valor excede em quase 200% o valor anual da Assistência Estudantil e somente agracia 60 pessoas... Questiono-me se era esta a melhor opção? Não haveriam outras opções??

Sobre o Caráter do Aumento da Assistência previsto no REUNI, está no projeto pra quem quiser (projeto da UFMA) ler o caráter do aumento...

""Construir um currículo baseado na autonomia da universidade que finalmente quebra a dissociação do ciclo básico do profissionalizante, e ao mesmo tempo defender o bacharelado interdisciplinar, ou é falta de informação ou muito desonestidade.""

Continuo achando que o debate acerca do bacharelado continua recheado de pré-conceitos e de visões (achismos?) inadequadas...

Pergunta: O BI é a mesma coisa que o Ciclo Básico existentes nos cursos da Saúde?

Eu acho que não... O que vocês acham?

Creio que não seja nem falta de informação e nem desonestidade...

ATÉ QUANDO VÃO TACHAR QUEM DISCORDA DE VCS DE BURRO OU DESONESTO??

(mais respeito!)
Julgo somente que sejam opiniões diversas sobre um mesmo tema...

Acho corretíssimo a luta pelo fim dos ciclos básicos (em medicina o aposentamos... Aliás ele sempre existirá... O que nos retiramos foi a DISSOCIABILIDADE entre o ciclo básico e o ciclo profissional)

Ainda não vi nenhum autor defender a morte do ciclo básico... Vejo a defesa da indissociabilidade entre o ciclo básico e o ciclo profssional (Poderias me citar a fonte da sua argumentação para eu poder ler?)

Considerar BI como ciclo básico, ao meu ver, não é adequado, dentro do meu pensamento...Mas, estou aberto a novas idéias...

Caro Álvaro, boa sorte na luta pela reforma curricular... A mudança deste país perpassa por essas lutas... (Fique atento ao edital do Pró-Saúde!)

Não sei se há vasta literatura em ensino farmacêutico, sugiro-te buscar textos na Associação Brasileira de Ensino Médico (ABEM)...

Em Medicina, já estamos na 3a turma do novo currículo...

Cordialmente,

Lucas Valadão

Alvaro Antonio Bezerra dos Santos <alvarofar051@yahoo.com.br> escreveu:

Construir um currículo baseado na autonomia da universidade que finalmente quebra a dissociação do ciclo básico do profissionalizante, e ao mesmo tempo defender o bacharelado interdisciplinar, ou é falta de informação ou muito desonestidade.

Alvaro Bezerra - Tentando reformular o nosso currículo da década de 70, através da autonomia e de princípios visando o progresso do ensino farmacêutico.

Joelson Gomes Carreiro <joelson_mef@yahoo.com.br> escreveu:

Defender e discutir Extensão Popular e ao mesmo tempo defender uma reitoria que irá destinar 3 milhões à construção de muros em torno da Universidade, pra evitar que as comunidades ao entorno do campus tenham acesso a esse espaço é, no mínimo, estranho;

Dizer que é inoperância administrativa gastar cerca de um milhão de reais em uma residência universitária para apenas 60 estudantes e dizer que as verbas com assistência estudantil irão aumentar em 1000% na universidade nos faz ficar extremamente preocupados com o caráter desse aumento;

Aramys Silva dos Reis <aramysfar@yahoo.com.br> escreveu:

Para quem tem uma boa posição social,

falar de comida é coisa baixa.

É compreensível: eles já comeram.

Bertolt Brecht

Aramys Silva dos Reis

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