[espacosaude-ma] Para além do Moinho
Oi compas,
recebi esse email de um companheiro do ME de MG; o mesmo me permitiu muitas reflexões, pensei muito na minha vida academica e nos varios aprendizados construidos pelo ME, que encaminhou minha militancia para alem da universidade, me permitiu forjar-me no movimento para a vida... diante da apatia posta aos jovens como foi fundamental viver o ME com vcs... em breve me despeço das cadeiras do meu curso, mas permanecerei militante... continuarei quixote... "o mundo não é (um moinho), o mundo está sendo(um moinho)" [...]
na luta do povo, ninguém se cansa! é por isso que eu luto e insistirei na luta em outros espaços... sou grata por termos vivenciados esses momentos juntos... valeu e espero q apreciem a breve leitura.
Priscila - quase enfermeira
Para além do Moinho
Franco Magalhães Sant'Anna
A Terra assiste em transe a peleja humana.
O sonho acabou! Gritam calados jovens velhos que velam felizes a brutal realidade em que vivemos, conservando o status quo com a empáfia de sábios. Questionamos quem são. Respondem um nome e um refrão: "O nosso compromisso é com o meu umbigo". (Contraditório? Não. Não existe compromisso) . Resposta fácil e equivocada. Assim como é fácil e equivocado seguir o caminho seguro e calmo do script hegemônico. Ignoram que os rótulos não dão conta de explicar-nos nem enquanto indivíduos, muito menos enquanto organização coletiva. Acostumaram- se a enxergar o mundo na superficialidade, qualquer proposta que exija mínima reflexão é tida como ultrapassada e ineficaz. E por isso contentam-se com os rótulos, eles apaziguam sua carência por identidade. De forma falsa é verdade, mas quem precisa de coerência? Isso é coisa do passado. Precisam afirmar legítimas e concordar com todas as formas de agir para que sejam aceitos, para que sejam "legais", mesmo que algumas dessas formas firam seus princípios, mesmo que (re) produzam injustiças e preconceitos. São Liberais. Mudam seu discurso de acordo com a conveniência do momento e do interlocutor. Dizem-se "neutros". A "neutralidade" permite a eles a condição de espectadores do mundo, passivos sofredores do mundo. Ignoram que por detrás desses rótulos (Liberais e 'neutros') esconde se sua verdadeira condição de prisioneiros e conservadores da ordem estabelecida. Afinal, são "livres" apenas para repetir o senso comum e ver televisão, e com sua pseudoneutralidade posicionam-se do lado da manutenção do estado de coisas. Este é o triste retrato de parcela da juventude atual, adestrada para ser destra.
Mas, ainda existem sonhadores que insistem em afirmar com LUTA, que o sonho não acabou!! Sonham, não o sonho passivo dos que dormem. Sonham o sonho dos esperançosos que ousam construir no cotidiano um mundo diferente. Acreditam na construção coletiva. Sabem que "nos organizando podemos desorganizar" e levam consigo a certeza de que somos construtores da nossa própria história. E por aí estão, construindo uma Universidade para além dos muros: nos EIV's, "Da janela Lateral..", "UniVerCidade" . Fazem Extensão Popular no "Coletivo TERRAS" , "Crê-Ser", "Conj Santa Maria" , "Frutos do Morro". Estão do lado do povo, na Luta das mulheres por um mundo sem machismo, na Luta Anti-Manicomial por uma loucura cidadã., na Luta por reforma agrária, por um Brasil sem Latifúndio(Eu não como eucalipto!!) , na Luta por moradia . Estão por aí estudando, no Curso de Realidade Brasileira, no curso de Formação político profissional em Saúde Mental, nas infindáveis palestras e seminários. Pulam catraca por assistência estudantil, ocupam a Acesita para denunciar o saque de nossas riquezas pelas transnacionais. Neste mundo individualista em que vivemos, no qual é difícil conversar no plural, e dizem já não ser mais possível atuar no coletivo. Falam do "nós" e não do "eu". Organizam-se e movimentam-se no "Espaço Saúde", Coletivo Ousadia, Ciranda liberdade , em seus DA's. Vêem na prática, que dá para fazer diferente,que não precisamos nos conformar. Há quem diga que são "Quixotes" lutando contra moinhos de ventos. Na verdade são jovens radicais que analisam os problemas em suas raízes e constroem alternativas. Lutam contra nosso mundo-moinho que tritura as esperanças das pessoas. Esse mundo no qual, o "eu" está cima do nós, o mercado acima da vida, a diversidade não é permitida, prende-se a loucura , subjuga-se e explora a mulher, chacina-se o jovem negro e pobre, a terra concentra-se nas mãos de poucos enquanto que milhares de sem-terra esperam (na luta) por terra para plantar. Esses jovens radicais reafirmam com suas práticas que "o mundo não é (um moinho), o mundo está sendo(um moinho)".
"Ousar Lutar, Ousar Vencer"
Franco
Coletivo Ciranda Liberdade
"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente,
seu pão e seu salário. E agora não contente querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence." Bertold Brecth
É da empresa privada o seu passo em frente,
seu pão e seu salário. E agora não contente querem
privatizar o conhecimento, a sabedoria,
o pensamento, que só à humanidade pertence." Bertold Brecth
(...) aparentemente meu individualismo feroz foi efetivamente extraído de mim e foi-me inculcado outra coisa igualmente feroz.
(...) eu já era isso sei lá o que isso fosse, e com a ajuda dos livros descobri que isso era ser socialista. JACK LONDON
(...) eu já era isso sei lá o que isso fosse, e com a ajuda dos livros descobri que isso era ser socialista. JACK LONDON
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