[espacosaude-ma] Alckmin caiu no conto do 2º turno que o Ibope não deu
O blog do jornalista Ricardo Noblar no Estadão Online
(http://noblat1.estadao.com.br/noblat) noticiava nesta terça-feira
às 15h39 que "Alckmin comemora pesquisa do Ibope". E apresentava
números onde o presidenciável tucano aparecia 11 pontos abaixo de
Lula, mas com uma tendência, apertada, para passar para um segundo
turno. À noite, porém, o Ibope trouxe outros números, mantendo a
tendência à reeleição no primeiro turno. Noblat ficou devendo uma
explicação, que até às 22 h00 não estavam no blog.
Segundo o jornalista, "o candidato Geraldo Alckmin acaba de receber
em São Luís do Maranhão [...] os principais números da mais recente
pesquisa eleitoral do Ibope. [...] A soma dos votos obtidos [...]
assegurariam (sic) o segundo turno".
Os números do blog eram: Lula 41%, Alckmin 30%, Heloísa 9% ou 10%;
juntando Cristovam Buarque e outros candidatos, haveria segundo
turno. Mas à noite, a pesquisa Ibope anunciada no Jornal Nacional
trouxe outros números: Lula 44%, Alckmin 27%, Heloísa 8%, Critovam
1%... E virtória de Lula no primeiro turno se a eleição acontecesse
hoje.
A ética blogueira sobre "barrigas"
A história ficou pouco transparente para os internautas que
freqüentam o Blog do Noblat. Afinal, Alckmin recebeu mesmo os
números distorcidos, e comemorou antes do tempo? Nesse caso, quem
fez o candidato cair no conto-do-vigário? Ou foi o jornalista que se
equivocou ao noticiar uma comemoração inexistente de um segundo
turno que não existia?
A ética blogueira tolera "barrigas" (inevitáveis num jornalismo
assim frenético) mas cobra explicações. "Noblat, você vai admitir
que errou os números do Ibope? Será que o povo do Alckmin te passou
errado? E você caiu?", cobrava há pouco um leitor de Ricardo Noblat.
Do jeito que ficou, o jornalista prestou um desserviço a Alckmin,
quaisquer que fossem as intenções da sua nota. Esta passou a imagem
de um candidato a comemorar antes do tempo números fantasiosos, em
vez de esperar mais algumas horas para conhecer os verdadeiros, como
qualquer telespectador do Jornal Nacional. A "barriga" repercutiu e
trouxe para os alckmistas um sabor de desilusão, para uma pesquisa
que nem é tão ruim para o bloco conservador PSDB-PFL, repetindo
números semelhantes aos das recentes sondagens do Datafolha e Vox
Populi.
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