[espacosaude-ma] O compromisso do profissional com a sociedade
O compromisso do profissional com a sociedade
As palavras deste título a ser analisado não estão ali por acaso, mas
encontra-se comprometidas entre si e implicam uma determinada posição
de quem as expressou.
O compromisso envolve uma decisão lúcida e profunda em um plano do
concreto. E surge a questão: "Quem pode comprometer-se?" A reposta a
esta questão, voltada para a visão ontológica do sujeito do
compromisso, conduz através da analise da natureza do ser que é
capaz de comprometer-se, a busca da essência do ato comprometido.
A primeira condição de comprometimento é a capacidade de agir e
refletir, de abstrair-se do mundo e poder compreender o
condicionamento da consciência por este meio ambiente. Sem esta
capacidade de conscientização da influência do mundo, seu estar neste
mundo se reduz a um não poder transpor os limites impostos pelo
próprio mundo. Esta impossibilidade de abstração transforma o ser em
um escravo do presente, o que impede o relacionamento com o mundo,
mas apenas o contato com o mesmo, mas apenas perpetua a sua condição
presente. Somente um ser capaz de abstrair-se do seu mundo, do seu
tempo, de tornar-se um ser histórico, é capaz de comprometer-se.
Mas será que somente a capacidade gera compromisso? Para responder
esta questão devemos abandonar o abstrato e abandonar o homem
concreto, em um mundo concreto, pois é através da relação do homem
com o mundo, com a realidade, que ele desenvolve ou atrofia a sua
capacidade de ação e reflexão. Assim, o homem desenvolve ou
condiciona o pleno exercício de sua maneira humana de existir.
E a realidade não transforma-se por si só, mas, ao mesmo tempo que
dificulta a ação transformadora do homem, é criação do mesmo homem. E
no jogo interativo do atuar-pensar o mundo a percepção dos obstáculos
permite que sua razão de ser seja comprometida. Quando o homem
comprometido é impedido de atuar, é induzido a superar esta situação
de frustração.
Este homem, comprometido com a humanidade, com a história e com a
realidade, não pode dizer-se neutro, pois a neutralidade é puro
reflexo do medo do compromisso, reflexo do "comprometimento" consigo
mesmo, trata-se de uma neutralidade impossível. O verdadeiro
compromisso é a solidariedade, e jamais pode se resumir em gestos de
falsa generosidade, nem em atos unilaterais, pois a essência do
compromisso é o encontro dinâmico de homens solidários que leva a um
inter-relacionamento amoroso.
E este é o ponto de partida, pois o profissional antes ser um
profissional é um ser humano, que pode estar autenticamente
comprometido, falsamente "comprometido" ou impedido de
verdadeiramente comprometer-se. O profissional deve desenvolver,
além do comprometimento como profissional, uma divida que assume ao
fazer-se profissional.
Mas este compromisso não deve dicotomizar-se do compromisso original
de ser humano, transformando o ser humano em um escravo da técnica,
pois é ela que deve servir o homem e não o oposto. À medida que o
profissional aprimora o seu conhecimento, maior é sua
responsabilidade com os homens, não podendo alienar-se como dono da
verdade, proprietário do saber, mas devendo tornar-se agente da
solidariedade.
É essencial o contínuo aprimoramento na evolução da visão ingênua
para uma visão critica da realidade, que permita ao profissional
compreendê-la como algo dinâmico e mutável. E o comprometimento deve
dar-se com a totalidade e não como uma visão ingênua, parcial da
realidade, que transformaria o homem em objeto da técnica.
A alienação cultural que vem sofrendo nossa sociedade, principalmente
as de economia periférica, conduz a falta de autenticidade em seu
comprometimento. A importação de técnicas e tecnologias provenientes
de outras culturas leva a alienação do profissional, que termina por
considerá-las neutras, e perde sua visão críticas sobre as mesmas.
E a alienação cultural, assim como outras formas, inibe o processo
criativo e a coragem de comprometimento, estimulando o formalismo e o
superficialismo. O pensamento do homem alienado está preso
incorporado, perdendo sua força, pois não é autêntico. Como
comprometer-se deste modo?
É necessária na América Latina, uma séria reflexão, por parte de seus
profissionais, sua realidade altamente dinâmica, não como agentes
passivos, mas como homens comprometidos com a busca de um projeto
nacional. (Paulo Freire)
"O mundo não é. O mundo está sendo." (Paulo Freire)
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